Aliado inelegível de Bolsonaro embola relação com Castro - 30/06/2025 - Poder

O secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Washington Reis (MDB), tem gerado atritos na relação com governador Cláudio Castro (PL) e aliados na tentativa de viabilizar candidatura ao governo fluminense em 2026.

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Reis é o líder do grupo político envolvido na suposta falsificação de certificados de vacina para Jair Bolsonaro (PL).

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Em março, o STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou a investigação contra Bolsonaro e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), irmão de Washington, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que não viu comprovação dos crimes imputados ao ex-presidente.

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A articulação de Reis pode dividir o bolsonarismo no estado. O candidato de Cláudio Castro, o deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, tornou-se próximo do ex-presidente e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

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Assim como Bolsonaro, Washington Reis está inelegível. Presidente estadual do MDB, ele foi condenado em 2016 no STF (Supremo Tribunal Federal) por crime ambiental ao fazer um loteamento clandestino em Duque de Caxias. A confiança de que vai reverter a inelegibilidade, contudo, o fez abrir caminho nos últimos meses para se cacifar como postulante. Ele foi a Brasília em maio reforçar sua defesa.

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Na semana passada, o ministro do STF Gilmar Mendes assinou despacho em que diz ser plausível o pleito de Reis. O ministro afirmou que o "processo é permeado por fortes controvérsias" e que a reparação do dano ambiental pode ser uma condição para o acordo.

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O movimento de Reis para 2026 tem irritado a base do governo Castro. O principal arranhão na relação ocorreu no início de junho, após Reis anunciar ao vivo em um telejornal que a tarifa do metrô seria reduzida de R$ 7,90 para R$ 4,70. Horas depois, foi desmentido e desautorizado pelo governador.

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Nos dias seguintes, deputados da base se manifestaram em plenário pedindo a exoneração do secretário.

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"Houve, vamos dizer assim, esse mal-estar. Mas nada que viesse a me ofender, porque a gente tem que ser profissional", afirma Reis, que chegou a ser aventado pela família Bolsonaro para o governo fluminense em 2026.

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"O governador já se posicionou politicamente e ele tem meu respeito, porque nunca teve compromisso comigo de me apoiar a cargo nenhum."

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Nesta segunda-feira (30), Bacellar e o deputado estadual Rosenverg Reis (MDB), outro irmão de Washington, bateram boca na Assembleia por conta da convocação do secretário para dar explicações sobre a tarifa do metrô. Rosenverg foi contra e disse que orientaria o irmão a não comparecer.

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"Acabou o tempo de você achar que seu irmão manda no estado do Rio. Aqui o buraco é mais embaixo", disse Bacellar.

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Além do interesse em concorrer ao Palácio Guanabara, Reis tem sido atraído para perto do prefeito Eduardo Paes (PSD). Em publicação nas redes no domingo (29), Paes chamou Reis de "o professor dos prefeitos".

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Potencial candidato a governador, apesar de não admitir publicamente, Paes cogita Reis como um dos candidatos ao Senado na chapa. Já o PL planeja para o Senado a dupla Cláudio Castro e Flávio Bolsonaro.

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Para aliados do governador, Reis representa um grupo de políticos que tem feito jogo duplo, mantendo posições no governo, mas acenando a Paes.

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"Washington é um político experimentado, está à frente de um partido relevante e valorizar o passe faz parte do jogo político, mas ele não pode ultrapassar o limite da afronta e desrespeito aos dois chefes de Poder, que são o governador e o presidente da Assembleia", afirma o deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil), líder do governo no Legislativo.

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Três vezes prefeito de Duque de Caxias, Reis comanda o clã à frente do município há quase uma década. Na campanha de 2024, levou Bolsonaro a Caxias duas vezes para comícios do sobrinho, Netinho Reis (MDB), eleito em primeiro turno.

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Um acordo com Paes pode colocar Washington Reis do mesmo lado do presidente Lula (PT).

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Em 2022, o secretário era o escolhido para vice na chapa de Cláudio Castro, mas perdeu a vaga para Thiago Pampolha após ter sido impedido pela Justiça de concorrer. Pampolha foi indicado ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) em maio, ampliando o espaço de Bacellar no governo.

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Reis acumula acusações. Ele responde a ação penal por suposta fraude em escrituras públicas em terrenos de Belford Roxo, foi denunciado por supressão de mata nativa para construir um cemitério e alvo, em dezembro, de suspeita de compra de votos. Netinho Reis tentou esconder o telefone junto a potes de sorvete dentro de um congelador. O celular foi apreendido.

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O secretário nega acusações.

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