Uma nova série de documentos vazados trouxe à tona revelações alarmantes sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação aos eventos do dia 8 de janeiro de 2023. Segundo reportagem exclusiva publicada pelo Public em 4 de agosto de 2025, o STF teria formado uma “força-tarefa secreta e ilegal” que utilizou postagens de redes sociais para justificar prisões arbitrárias de manifestantes.

Esses documentos revelam que a força-tarefa, coordenada diretamente pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, operava de maneira informal e clandestina, sem respeitar o devido processo legal. Os presos teriam sido classificados por critérios ideológicos, especialmente opiniões políticas críticas ao atual governo, muitas vezes sem comprovação de envolvimento em atos violentos.

Casos emblemáticos chocam pela gravidade: um caminhoneiro permaneceu preso por mais de 11 meses apenas por críticas feitas em redes sociais, sem qualquer participação direta nos atos violentos. Outro caso ainda mais alarmante refere-se a um ambulante, preso por postagens feitas em 2018, muito antes dos eventos do 8 de janeiro, permanecendo quatro meses detido.

Essas revelações são corroboradas por vazamentos anteriores da chamada “Vaza Toga”, iniciada em 2024 pelo jornalista Glenn Greenwald. A nova fase dos vazamentos, denominada “Vaza Toga 2”, demonstra claramente a existência de um sistema paralelo de justiça, focado em critérios políticos e ideológicos.

A utilização de postagens nas redes sociais para justificar prisões é uma violação explícita do Código de Processo Penal (CPP) e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O vazamento sugere ainda que dados biométricos e informações sigilosas foram ilegalmente utilizados pelo STF, aprofundando ainda mais a crise institucional e a desconfiança pública sobre a atuação da mais alta corte do país.

Diante desses fatos, a pressão por esclarecimentos e responsabilização aumenta. Autoridades e entidades da sociedade civil já começam a exigir investigações rigorosas sobre essas denúncias, buscando garantir que os responsáveis por tais abusos sejam devidamente punidos.



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