Após 12 dias de intensos confrontos, a guerra entre Israel e Irã, que teve início em 13 de junho, permanece instável. Apesar do anúncio de um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, as hostilidades continuam, com ambos os lados trocando acusações de violações do acordo.
Atualização – 26 de junho de 2025
1. Violação do cessar‑fogo e novos ataques
- Após o cessar‑fogo anunciado em 23 de junho, Israel acusou o Irã de lançar mísseis durante a trégua. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ordenou respostas militares imediatas, nomeadamente ataques contra alvos iranianos, em retaliação à “violação” do cessar‑fogo.
2. Impacto do cessar‑fogo no Irã
- Autoridades iranianas confirmaram que os bombardeios israelenses desde o início do cessar‑fogo resultaram em 610 mortos e 4.746 feridos no país. Do lado israelense, 28 mortos foram registrados, marcando o primeiro momento em que a defesa aérea de Israel foi penetrada por grandes salvas de mísseis.
3. O que ganhou Israel
- Desde 13 de junho, Israel eliminou altos comandantes militares e cientistas iranianos, desmantelou sistemas antiaéreos e atingiu instalações nucleares e lançadores balísticos — conforme declararam autoridades israelenses militantes.
4. Pressão diplomática e incógnitas
- A trégua foi estabelecida após pressão dos EUA, com Donald Trump anunciando o fim das hostilidades. No entanto, surgem dúvidas sobre sua durabilidade, já que ambas as partes acusam-se mutuamente de violá-la pouco depois do início.
5. Gargalo no programa nuclear iraniano
- A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que o programa nuclear iraniano sofreu um retrocesso significativo, embora o impacto em anos ainda esteja sendo avaliado.
📈 Visão geral atual
| Elemento | Situação Atual |
|---|---|
| Mortes | ≥ 610 no Irã; ≥ 28 em Israel |
| Feridos | ~4.746 no Irã |
| Cessar‑fogo | Anunciado em 23/6, mas fragilizado com ataques mútuos |
| Capacidades de guerra | Israel continua neutralizando alvos nucleares e militares; Irã lança mísseis em retaliação |
| Perspectivas | Diplomacia sob tensão, trégua instável, foco no estado das instalações nucleares iranianas |
🧭 Considerações finais
- O número de vítimas segue alto, e o Irã aparenta ter sido mais impactado, sobretudo em suas estruturas militares e científicas.
- O cessar‑fogo está frágil, com nova dinâmica de hostilidades.
- A AIEA reforça o atraso do programa nuclear iraniano, mas sua recuperação dependerá da retomada das inspeções.
- O que vem pela frente depende da postura que Teerã adotará — se aceitar o diálogo diplomático ou intensificar contra‑ataques — e da capacidade de pressão internacional para manter a trégua.
O Portal Canaã segue em campo, monitorando de perto os desdobramentos dessa fase delicada do conflito. Recomendamos atenção máxima aos próximos passos, já que cada nova movimentação pode redefinir o rumo da guerra.
