O STF (Supremo Tribunal Federal) diz que não tem previsão para analisar um mandado de segurança apresentado pelo partido Novo para assegurar que jornalistas possam gravar áudios e imagens durante as audiências da suposta trama golpista, após a corte decidir vetar esse tipo de cobertura.
O veto do STF abrange sessões previstas para ocorrer de 19 de maio a 2 de junho, período destinado a ouvir as testemunhas da ação penal.
Fotógrafos e cinegrafistas não poderão se credenciar para acompanhar, e os jornalistas poderão assistir apenas por meio de um telão. A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) pediu que o Supremo reveja a decisão.
Na última segunda-feira (19), o Novo apresentou um mandado de segurança com pedido de liminar para garantir o acesso pleno da imprensa às audiências.
Segundo o regimento do Supremo, a corte tem 48 horas para fazer o “processamento inicial” de pedidos apresentados, incluindo autuação (numeração) e distribuição para um ministro.
Até esta quinta-feira (22), no entanto, a peça tinha apenas recebido um número, sem ser distribuída. Procurado, o STF disse que não tem previsão para analisar o pedido da legenda.
“A decisão do STF de proibir a gravação das audiências é mais um atentado à liberdade de imprensa e ao direito da sociedade à informação”, disse o líder do Novo na Câmara, Marcel van Hattem (Novo-RS). “Não há justificativa plausível para esconder depoimentos em um processo de enorme relevância pública. O que está em curso é uma escalada autoritária que tenta calar jornalistas e controlar a narrativa. Em resumo, isso é censura.”
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