A Intelis, associação que representa os servidores da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), decidiu nesta terça-feira (24) acionar a Justiça para pedir o afastamento do diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, indiciado pela Polícia Federal.
A votação começou nesta segunda-feira (27) e foi encerrada nesta terça. Durante a assembleia, os oficiais de inteligência também aprovaram indicativo de greve.
Em nota enviada aos associados, a direção da Intelis disse que o indicativo de greve e a impetração de ação civil pública foram aprovados com “ampla participação” e “expressiva maioria”, em uma decisão considerada histórica.
“Os associados optaram por dar um basta à degradação geral da Abin e manifestaram claramente sua vontade de reação e defesa da nossa instituição”, disse a Intelis na nota divulgada internamente.
Corrêa foi indiciado no inquérito aberto contra a chamada “Abin paralela”, que teria atuado no governo Bolsonaro (PL), por embaraço à investigação, prevaricação e coação no curso do processo. Nem ele nem a Abin se manifestaram sobre o relatório e o indiciamento.
Entre outros pontos, a PF afirma que Corrêa dificultou as investigações sobre os supostos ilícitos cometidos durante as gestões anteriores, do hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e do sucessor dele, Victor Carneiro.
O chefe de gabinete do atual diretor-geral, o delegado da PF Luiz Carlos Nóbrega Nelson, e o corregedor-geral da agência, delegado da PF José Fernando Moraes Chuy, também foram indiciados pela Polícia Federal.
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