Ocorreu nesta terça (3/6) o 15º dia de depoimentos no julgamento federal de P. Diddy por associação criminosa e tráfico sexual em Nova York. O segurança Eddy Garcia foi chamado para testemunhar. Ele era supervisor no hotel InterContinental, em Los Angeles, onde aconteceu o episódio de agressão a Cassie Ventura em 2016, registrado por câmeras.

Garcia relatou que identificou o rapper nas imagens e depois soube que a outra pessoa era Cassie. Disse que não chamou a polícia porque ela não pediu.

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P. Diddy é acusado de agressões sexuais contra mais de 100 pessoasFoto: Stan Honda/AFP

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O rapper tem atualmente 55 anos de idadeFoto: Angela Weiss/AFP


Segundo ele, Kristina Khorram, então chefe de gabinete de Diddy, ligou perguntando sobre o vídeo e tentou minimizar o caso, alegando que o artista estava bêbado e não lembrava de nada, o que gerou objeção da defesa.

A testemunha disse ainda que Khorram apareceu no hotel pedindo o vídeo, mas ele a orientou a falar com a gerência. Mais tarde, Diddy ligou diretamente para Garcia, oferecendo dinheiro em troca das imagens.

O segurança contou que seu chefe, Bill Medrano, aceitou fazer isso por 50 mil dólares. O vídeo foi entregue em um prédio em Los Angeles e, segundo Garcia, Diddy confirmou com Cassie que ela não queria que o vídeo fosse divulgado.

No encontro, o rapper exigiu que todos os envolvidos assinassem acordos de confidencialidade com multa milionária. Garcia disse que recebeu 100 mil dólares em dinheiro, em uma sacola, e que usou parte para comprar um carro usado. Depois, apagou todas as mensagens relacionadas ao caso e mentiu para a polícia quando foi procurado, por medo de se envolver mais.



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