Políticos que estavam há 20 anos no poder em Parauapebas não acreditavam que Aurélio Goiano se tornaria prefeito da capital do minério. E ele se tornou. Tirou do poder políticos que passaram pelos oito anos de gestão de Darci Lermen, pelos quatro anos de Valmir Mariano e pelos últimos oito anos novamente sob Darci. E com ele, um novo olhar sobre áreas abandonadas e promessas antigas que, aos poucos, começam a sair do papel.
Críticos apressados costumam afirmar que Aurélio prometeu e não cumpriu. Mas se esquecem de uma de suas principais bandeiras: que, em sua gestão, vereadores não teriam domínio sobre secretarias. Já estamos em maio passaram janeiro, fevereiro, março, abril e até agora não se ouviu aquela velha frase: “vereador X manda na secretaria Y”.
Outra promessa era a valorização de servidores concursados em cargos estratégicos. Desde janeiro, essa diretriz vem sendo seguida. Um exemplo claro é Roginaldo Rocha, com 22 anos de serviço efetivo no município, que assumiu a Secretaria de Obras. Desde então, ele tem liderado frentes de trabalho que chegam justamente onde muitos, por anos, não chegaram.
Recentemente, uma dessas áreas esquecidas, localizada no miolo do bairro Cidade Jardim, ganhou destaque em vídeos. Para quem conhece o bairro um dos principais da cidade e já passou por aquele trecho ao evitar o sinal da gigante Buriti com a avenida D principais centro de investimentos da cidade, optando pelo atalho que leva mais rápido à D, sabe que, por muito tempo, aquelas ruas estavam intrafegáveis. Desde janeiro, com a Operação Buraco Zero, essas vias se tornaram um verdadeiro tapete.
O que chama atenção, no entanto, são as críticas que antes não existiam. Políticos que passaram 20 anos entrando e saindo de gestões, agora que estão fora, resolveram virar críticos justamente daquilo que tiveram duas décadas para fazer e não fizeram, numa cidade bilionária.