Mais do que uma estrutura física, a Casa de Mainha representa um marco para a rede de proteção e autonomia feminina em Parauapebas. Trata-se de um espaço pensado para acolher, capacitar e reconstruir trajetórias. No local, são ofertados cursos nas áreas da beleza, corte e costura, artesanato, jardinagem, horticultura, entre outros. A proposta é clara: gerar renda, desenvolver habilidades e garantir autonomia pessoal e profissional, tudo em parceria com instituições como a Universidade Federal Rural da Amazônia, Senai, Instituto S, empresas privadas e outras secretarias municipais.
Segundo a diretora de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Gardênia Lima, a Casa de Mainha é um projeto de grandes proporções e pretende impactar a vida de centenas de mulheres no município: “A Casa de Mainha vai muito além dos cursos. Nós vamos trabalhar também a inserção no mercado de trabalho e a melhoria dos negócios das mulheres que já empreendem. Para participar, o primeiro passo é decidir vir. Estamos aqui para acolher. Temos vários parceiros, desde empresas privadas até outras secretarias, como a de Desenvolvimento que também abrirão portas. A ideia é alcançar o maior número de mulheres possível, com oportunidades reais de trabalho e renda”.
A usuária Sheila do Nascimento, participante dos cursos de corte e costura e massoterapia, relata o quanto essa oportunidade representa uma virada em sua vida: “É minha primeira experiência dentro da Casa de Mainha. Estou muito empolgada, conhecendo outras mulheres e os cursos que estão sendo oferecidos. Tenho muita expectativa sobre o que vem por aí. Amo a área do empreendedorismo e acredito que daqui sairão grandes empreendedoras, tanto da costura quanto da massoterapia, que também vou fazer. É uma oportunidade enorme de crescimento pessoal e profissional”.
A Casa de Mainha funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e não é necessário encaminhamento ou referência para participar. Toda mulher que desejar pode comparecer ao local, onde será acolhida por uma equipe psicossocial. A partir disso, um perfil é traçado: aquelas sem experiência profissional serão direcionadas para os cursos iniciais, e as que já atuam ou têm experiência serão orientadas para se inserirem no mercado formal ou ampliarem seus negócios.
Reportagem: Luciana Queiroz