Mais do que uma lambança do ministro Fernando Haddad (Fazenda), o PL viu no imbróglio sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) uma nova oportunidade para caracterizar o governo Lula como amador e despreparado.

Segundo um estrategista do partido, a sucessão de crises políticas começa a grudar no presidente a imagem de alguém que não dá mais conta do recado e está “ultrapassado” (eufemismo para “velho”).

Ironicamente, a imagem de caos administrativo ajudou a minar Jair Bolsonaro em 2022 e a eleger o petista, que prometia estabilidade e profissionalismo. Agora, os papéis se invertem.

A avaliação no núcleo do governo é que a crise foi estancada rapidamente, mas que a relação de Haddad com os ministros palacianos —Rui Costa, Gleisi Hoffmann e Sidônio Palmeira— sofreu um baque que levará tempo para ser superado.

O titular da Fazenda foi emparedado e teve atitude considerada prepotente e inconsequente. Um ponto que irritou especialmente o trio foi a insistência de Haddad de esperar até a abertura dos mercados nesta sexta (23) para avaliar se era o caso de recuar.

O decreto editado na quinta-feira (22) alterava a regra da tributação dos fundos brasileiros que fazem investimentos em ativos no exterior. Diante da reação negativa do mercado, foi publicado outro texto revogando a aplicação do IOF de 3,5% sobre esses fundos, diante da percepção de que configuraria, na prática, um controle na entrada e saída de capitais desses fundos.


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