A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) promete acionar tribunais internacionais de direitos humanos caso o ministro Cristiano Zanin, que preside a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), insista na ordem de lacrar telefones celulares de advogados e jornalistas em sessões futuras relacionadas ao julgamento da suposta trama golpista.
Presidente da entidade, Beto Simonetti alfineta Zanin e diz que a estratégia se inspira na adotada pelo próprio ministro quando era advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Se o STF mantiver a ordem de lacrar celular de advogado, a OAB vai acionar os tribunais internacionais de direitos humanos, tal como fez o então advogado Cristiano Zanin em um de seus casos, com apoio da OAB, que defendeu as suas prerrogativas de advogado”, diz Simonetti.
A decisão sobre os celulares foi tomada por Zanin no dia 22 de abril, em sessão que analisou o recebimento da denúncia contra seis acusados no caso. A justificativa foi que um deles, o ex-assessor presidencial Filipe Martins, foi autorizado a acompanhar pessoalmente, mas com proibição de que fosse filmado ou fotografado.
A medida gerou críticas da OAB e de advogados em geral, que viram no gesto violação de suas prerrogativas.
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