Fisioterapeutas atuam desde a entrada do paciente na unidade à alta hospitalar 

Por Ascom (Governo do Pará)

25/06/2025 11h40

O processo de recuperação cirúrgica vai muito além do tratamento hospitalar. A reabilitação adequada pode ser determinante para o sucesso do procedimento, evitando complicações comuns no pós-operatório, como trombose venosa profunda (TVP), atrofia muscular e até problemas respiratórios. Nesse cenário, a fisioterapia tem papel essencial e, muitas vezes, decisivo para a cura. 

No Hospital Estadual Público Galileu (HPEG), na Grande Belém, referência do Governo do Estado em traumas ortopédicos, o serviço fisioterapêutico é aliado no tratamento dos pacientes desde a entrada na unidade, até o pós-operatório. A fisioterapeuta Amanda Corrêa integra a equipe responsável por acompanhar os usuários, e explica o papel da fisioterapia na prevenção de complicações pós-operatórias, como Trombose Venosa Profunda (TVP) e atrofia muscular.

“No caso da TVP, por exemplo, a fisioterapia, junto com a medicação, melhora a circulação sanguínea sistêmica. Já para a atrofia muscular, trabalhamos com exercícios de fortalecimento e estímulo à recuperação da massa muscular”, afirma Amanda Corrêa.

Exercícios que salvam funções físicas e motoras

No pós-operatório, o cuidado é gradativo. A fisioterapia começa com movimentos leves, chamados de exercícios ativos assistidos, nos quais o fisioterapeuta auxilia o paciente, principalmente para que ele supere o medo e a dor.

“Depois passamos para uma fase mais ativa, com ganho de força e independência funcional. Utilizamos aparelhos como a cicloergometria, faixas elásticas, halteres e incentivamos exercícios ativos”, detalha a fisioterapeuta Amanda Corrêa.

O momento ideal para iniciar a fisioterapia varia conforme o tipo de procedimento. Em alguns casos, a reabilitação começa já no primeiro dia após a cirurgia. Em outros, é necessário aguardar de 15 a 30 dias para garantir a consolidação do procedimento.

Além da mobilidade, a fisioterapia é crucial na recuperação da função pulmonar, especialmente após cirurgias prolongadas ou que exigem tempo em repouso absoluto.

“Trabalhamos com exercícios respiratórios combinados com movimentações físicas. Atividades simples, como sentar na beira da cama e caminhar, já ajudam a melhorar a capacidade pulmonar”, afirma Amanda.

Reabilitação contínua

Após a alta hospitalar, o acompanhamento não deve ser interrompido. Amanda reforça que os pacientes recebem orientações para dar continuidade ao tratamento em casa e são incentivados a procurar fisioterapia ambulatorial.

“A gente orienta exercícios que podem ser feitos em casa e reforçamos a importância de dar seguimento ao tratamento fora do ambiente hospitalar”, acrescenta.

Plano único e individualizado

Para garantir que o tratamento seja eficaz, é feita uma avaliação individualizada. A equipe considera como o paciente chegou ao hospital, seu histórico funcional anterior, tipo de cirurgia e grau de limitação atual. “Cada caso é único. A partir dessa análise, elaboramos um plano personalizado, que respeita os limites e objetivos do paciente”, diz.

Aos 59 anos, o aposentado Antônio Batista Lima é um dos pacientes do HPEG que reconhecem a importância da fisioterapia no processo de recuperação. Em março deste ano, ele sofreu um acidente de moto que resultou na fratura do úmero proximal esquerdo. Ele será submetido a uma artroplastia de ombro.

“Desde que cheguei, faço fisioterapia todo dia com a ajuda das meninas. No começo, meu braço nem se mexia, agora já percebo melhora. Sei que não teria evolução sem esse trabalho. E sei que depois da cirurgia, vou precisar continuar”, avalia Antônio.

A profissional ainda alerta: a cirurgia é só parte do tratamento. “A reabilitação caminha lado a lado com o procedimento cirúrgico. O paciente precisa seguir corretamente as orientações fisioterapêuticas para que a recuperação seja completa e ele possa retomar sua funcionalidade no dia a dia”, conclui.

Acesso ao Galileu

O Hospital Galileu é uma unidade pertencente ao Governo do Pará, gerenciado pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Para ter acesso à unidade, o paciente precisa ser encaminhado, via Regulação Estadual, portanto, os serviços não são porta-aberta. 



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