Nasce uma nova liderança no Pará e ela chega de biquíni, celular na mão, um milhão de seguidores nas costas e nenhuma vontade de recuar. Patrícia Alencar, prefeita de Marituba, viveu nos últimos dias o que poucos políticos enfrentam com leveza: o poder e o peso da exposição.
Um vídeo pessoal, como tantos que circulam todos os dias nas redes, a mostrou de biquíni. Poderia passar despercebido, como qualquer outro, não fosse o machismo ainda impregnado em tantas camadas da sociedade. Mas Patrícia não se escondeu. Em vez de se calar, respondeu com ironia, coragem e… engajamento.
“Gente, sério que toda essa confusão é por causa de uma mulher de biquíni? Égua do machismo! Evoluammm!”, escreveu. E depois, sem perder o tom direto que a acompanha: “Uma mulher sendo feliz, nada demais. É engajamento que vocês querem? Tá bom, então.”
O “engajamento” veio com força. Em poucas horas, Patrícia viu seu nome aparecer em veículos como G1, Terra e Metrópoles, e transformou um episódio de exposição em uma plataforma de afirmação pessoal e política.
Neste sábado (7), depois de participar dos festejos juninos ao lado de artistas como Tirullipa e Natanzinho Lima, a prefeita de Marituba atingiu a marca de 1 milhão de seguidores no Instagram, com stories que ultrapassam meio milhão de visualizações.
O que se vê é o nascimento de uma figura pública que entende o tempo em que vive. Uma mulher que governa e se comunica, que enfrenta críticas sem se esconder atrás de notas oficiais e que lembra com humor e firmeza que ser prefeita não exige deixar de ser gente.
E que gente! Não podemos esquecer que, em muitos municípios do Pará, são elas, as prefeitas, que vêm dando aula de gestão pública, cuidado com as pessoas e presença digital.
Patrícia Alencar não só virou manchete: virou símbolo de um novo jeito de ocupar o poder. Um jeito que incomoda, sim. E talvez por isso mesmo… esteja funcionando tão bem.