O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta terça-feira (3) que o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) preste depoimento à Polícia Federal sobre a conversa que teve com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às vésperas de seu depoimento como testemunha do processo sobre a trama golpista de 2022.

O depoimento foi solicitado pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Em petição enviada ao Supremo, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que “a notícia traz à tona a possibilidade de que a testemunha tenha sido submetida a constrangimento, intimidação ou qualquer forma de coação em relação ao teor de seu depoimento”.

“Revela-se necessário, a priori, a oitiva da testemunha a fim de averiguar a veracidade e a extensão dos fatos veiculados, possibilitando a formação de um juízo de valor fundamentado e esclarecido sobre a matéria, antes da adoção de outras medidas eventualmente necessárias ao caso”, disse a PGR.

Moraes ainda deu prazo de 15 dias para que a Polícia Federal realize eventuais novas diligências para apurar o caso.

A ligação que Bolsonaro fez para Mourão foi revelada pelo portal Metrópoles.

O senador Hamilton Mourão negou à colunista Mônica Bergamo que tenha tratado com Bolsonaro sobre o que deveria falar em seu depoimento ao STF. Segundo o ex-vice-presidente, foram tratadas “coisas genéricas de companheiros de longas datas”.

“Isso acabou gerando um mal-entendido, então eu quero deixar esclarecido que a conversa foi pura e simplesmente em relação ao momento em que eu deveria depor. Apenas isso”, diz.



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