Demorou mais de cem anos, mas finalmente a promessa feita lá em 1903, no Tratado de Petrópolis, começa a ganhar forma concreta. Brasileiros e bolivianos vão assistir ao início da construção da ponte binacional que ligará Guajará-Mirim, em Rondônia, a Guayaramerín, no departamento boliviano de Beni uma ligação que é muito mais do que obra de engenharia: é símbolo de integração, desenvolvimento e oportunidade.
Na última sexta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a ordem de serviço ao lado do ministro dos Transportes, Renan Filho. A cena, carregada de simbolismo, marca o início de uma obra que, segundo estimativas obtidas pelo Portal Canaã, vai gerar 4,3 mil empregos diretos e indiretos.
O investimento é robusto: R$ 421,398 milhões aportados pelo Governo Federal para erguer, até 2028, a tão aguardada ligação. O benefício, porém, é ainda maior: cerca de 180 mil pessoas serão diretamente impactadas, desde os moradores das cidades fronteiriças até trabalhadores e comerciantes que dependem das BRs 425 e 421 para circular e fazer a economia girar.
Mais do que encurtar distâncias, a ponte representa a capacidade de um governo de ouvir uma demanda centenária e transformá-la em realidade. Em tempos de incerteza, Lula entrega não apenas uma obra, mas um marco histórico que promete unir dois povos e abrir novas portas para o desenvolvimento na região amazônica.