O tempo é uma máquina implacável, ele apaga ídolos, testa líderes e revela quem é raiz e quem é espuma. No Brasil, poucos atravessaram o tempo como Lula. E agora, em 2025, com um governo em curso, ele volta a liderar a corrida para 2026.

O levantamento do Instituto Opinião, divulgado na última semana, mostra Lula à frente de todos os nomes testados. Com 36,2% das intenções de voto no primeiro turno, ele está à frente de nomes emergentes, como Tarcísio de Freitas (21,8%) e até dos veteranos de sempre, como  Ciro Gomes (8,1%), Eduardo Leite (2,9%) e Ronaldo Caiado (2,2%). Em um eventual segundo turno, venceria Tarcísio com 42,4% contra 37,2%.

Mas mais do que os números das estatísticas, o que chama atenção é o que eles representam: um Brasil que, entre crises e ruídos, ainda reconhece em Lula uma referência de estabilidade política e proximidade com o povo. É o operário que virou presidente, saiu preso, voltou eleito e ainda assim mantém a dianteira num país marcado pela impaciência e pela polarização.

Lula não é unanimidade e talvez nunca tenha sido. Mas é inegável que carrega um capital simbólico que poucos políticos têm: o da escuta, o do chão de fábrica, o da memória afetiva de um tempo em que o Brasil parecia mais otimista, mais confiante, mais respeitado.

Sua liderança nas pesquisas não é fruto apenas de nostalgia. É resultado de presença. De quem não se esconde, de quem encara crises de frente, de quem ainda sabe caminhar entre a elite e o povão das feiras livres. Lula tem rugas no rosto, mas continua com o faro apurado para o pulso do Brasil real.

Claro, o cenário ainda pode mudar. A disputa se equilibra, Tarcísio cresce e novos nomes surgem no tabuleiro. Mas Lula, mais uma vez, mostra que não saiu do jogo. Ao contrário: é ele quem dita o ritmo da partida.

Se 2026 ainda está distante, uma coisa parece certa: desde já  não se escreve a história política do Brasil sem colocar Lula no centro da frase. E, talvez, mais uma vez, no centro da decisão popular.



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