Já tem gente dizendo que o Lula do Velho Testamento voltou aquele Lula teatral, debochado, bom de gogó e com faro afiado para o humor político. E, como em outras fases de sua trajetória, ele achou uma frase de efeito que encaixa em qualquer discurso, viraliza e reforça seu carisma: “Ô, Trump, defende meu pai.”

A ironia dirigida ao deputado Eduardo Bolsonaro, que teria pedido apoio ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, virou bordão, meme, remix. A cena do presidente imitando a fala do filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro, com entonação quase infantil e carregada de sarcasmo, caiu como luva no imaginário popular  e nas redes sociais.

O discurso foi além do palanque. Rapidamente, produtores digitais transformaram a fala em música. Já circulam versões da frase em rock e eletrônica, com trechos recortados também de uma entrevista de Lula à TV Record. O material tem sido amplamente compartilhado e remixado, consolidando o episódio como mais um trunfo de comunicação espontânea do petista.

Lula tem consciência de quando acerta  e dessa vez, acertou com gosto. É o tipo de lance que não depende de marqueteiro: vem da experiência, da linguagem popular e do instinto. Se continuar nessa toada, com economia andando e oposição desorientada, o caminho da reeleição em 2026 vai ficando menos íngreme.

Por ora, ele segue com o microfone na mão, as frases no ponto e o público gostando.



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