O governo Lula (PT) é visto como ruim ou péssimo por 43% dos eleitores e como ótimo ou bom por 25%, segundo nova pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta-feira (12). Há 29% que consideram a administração regular e 2% que não sabem ou não quiseram responder.
Os dados representam uma oscilação negativa em relação aos resultados de março, quando a atual gestão do Palácio do Planalto foi avaliada como ruim ou péssima por 41% dos entrevistados, ante 27% de bom ou ótimo e 30% de regular.
A pesquisa Ipsos-Ipec ouviu presencialmente 2.000 eleitores de 16 anos ou mais em 132 municípios brasileiros de 5 a 9 de junho. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
É a segunda vez que o instituto mostra a avaliação negativa superando a positiva, em sinal de estabilidade nos indicadores e de dificuldade do chefe do Executivo em melhorar sua imagem diante do escândalo do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Segundo a Ipsos-Ipec, a mesma variação negativa é vista em relação à forma de governar do presidente: são 55% os eleitores que desaprovam a maneira de Lula administrar o país, mesmo número há três meses, ante 39% que aprovam —eram 40% em março.
Além disso, 50% dos entrevistados afirmam que o governo está pior do que esperavam, contra 20% dos que acham que a gestão está melhor do que imaginavam e 28%, que está igual às expectativas. Em março, eram 51%, 19% e 28%, respectivamente, em sinal de estabilidade.
As mesmas variações pontuais são vistas na confiança do eleitorado em Lula, que se manteve parecida em relação à pesquisa anterior: 58% dizem não confiar no mandatário, mesmo número em março; 37% dizem confiar, contra 40% há três meses; e 4% não souberam ou não quiseram responder.
Conforme o instituto, a avaliação positiva do presidente é melhor entre os que declararam votar no petista em 2022 (53%), os nordestinos (38%), os menos escolarizados (36%), os católicos (32%) e os com renda de até um salário mínimo (33%).
Por outro lado, o petista tem as avaliações mais negativas entre os eleitores de Jair Bolsonaro (75%), entre os com renda superior a cinco salários mínimos (59%), os com maior escolaridade (51%) e os evangélicos (50%).