A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou descontentamento nesta quinta-feira (19) com a nova alta na taxa de juros. Na quarta (18), o Banco Central anunciou que a Selic passa de 14,75% para 15%.
“No momento em que o país combina desaceleração da inflação e déficit primário zero, crescimento da economia e investimentos internacionais que refletem confiança, é incompreensível que o Copom aumente ainda mais a taxa básica de juros. O Brasil espera que este seja de fato o fim do ciclo dos juros estratosféricos”, afirmou Gleisi em seu perfil no X, antigo Twitter.
Há uma mudança de tom na fala da ministra sobre o Banco Central. Em maio, na última vez em que a autoridade monetária subiu os juros, Gleisi Hoffmann disse que o atual presidente do órgão, Gabriel Galípolo, administrava uma “herança maldita” do dirigente anterior, Roberto Campos Neto.
À época, a petista disse que esperava uma avaliação diferente da autoridade monetária sobre o tema na reunião seguinte – ou seja, que não aumentasse mais os juros.
No comunicado sobre a nova alta dos juros, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central indicou que o ciclo de aumentos será interrompido na próxima reunião, em julho. Não haveria expectativa de redução da Selic num futuro próximo.
Críticas públicas de governistas ao Banco Central por causa do patamar dos juros foram muito comuns nos primeiros dois anos da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A animosidade se devia ao fato de a cúpula do Executivo enxergar o então chefe da autoridade monetária, Campos Neto, como um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A relação melhorou quando Gabriel Galípolo, indicado por Lula, assumiu o comando do Banco Central.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.