Apesar de normalizar o tarifaço do governo de Donald Trump, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Filipe Barros (PL-PR), afirmou à CNN que acredita na aprovação do projeto de reciprocidade do Brasil às medidas dos Estados Unidos também na Casa legislativa.

Com forte apoio da bancada ruralista, o projeto de lei foi aprovado na terça-feira (1º) no Senado. Agora, o texto aguarda para ser analisado pelos deputados.

“O Trump está cumprindo com o que prometeu ao eleitor e ao contribuinte americano. O Brasil deve buscar o diálogo com a administração americana, como fizeram o México e a Colômbia e devem fazer a União Europeia e o Canadá”, disse.

Barros assumiu o comando da Comissão de Relações Exteriores no lugar do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que decidiu se mudar para os EUA em meio à disputa política com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que irá conversar com as lideranças da Casa antes de pautar o texto.

À frente da comissão que trata justamente de temas internacionais, Barros tem assumido uma postura alinhada com o bolsonarismo e o trumpismo. Para ele, o Brasil erra na negociação com os americanos.

“A aprovação do projeto de reciprocidade é fundamental para que esse diálogo seja estabelecido. Esse projeto nasceu da necessidade de protegermos o produto nacional frente à legislação que a União Europeia estava por adotar, criando obstáculos para o nosso agro. O ideal é abrir uma conversa com o governo americano, repassar a agenda comercial bilateral e ajustar os pontos necessários”, declarou.

“Os EUA também reclamam das nossas taxas e uma negociação permite aparar arestas e preservar um comércio que seja relevante para ambos”, defendeu.

Entre os defensores declarados do texto estão parlamentares de oposição, como a senadora Tereza Cristina (PP-MS), que foi relatora da proposta no Senado.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), apelou pela aprovação nas duas casas até esta quarta-feira (2), antes do anúncio detalhado dos Estados Unidos sobre novas tarifas.

“É uma matéria apresentada por um parlamentar de oposição e relatada por outra parlamentar de oposição também. Seria de bom tom que o Congresso Nacional tivesse também uma decisão para proteger o agro de eventuais tarifas. Seria de bom tom que o Congresso tivesse essa matéria aprovada a partir desta quarta-feira”, afirmou Randolfe em plenário.



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