Fernando Collor de Mello, o 32º presidente do Brasil
Fernando Collor de Mello, o 32º presidente do Brasil
Nascido em 12 de agosto de 1949, Fernando Collor de Mello é herdeiro de uma das famílias mais tradicionais da política alagoana. Seu pai era o ex-senador Arnon de Mello
A família de Fernando Collor é proprietária da Organização Arnon de Mello, que hoje possui TV, rádio e jornal digital e impresso próprios em Alagoas
Sua entrada na política ocorreu no fim da ditadura militar. Foi prefeito de Maceió de 1979 a 1982, deputado federal por Alagoas de 1983 a 1987 e governador do estado de 1987 a 1989
Collor ganhou projeção nacional no fim dos anos 80 ao empreender uma campanha contra funcionários públicos que recebiam salários desproporcionais, ficando conhecido como “caçador de marajás”
Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente brasileiro eleito pelo voto direto após a ditadura militar. Ele venceu Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno e assumiu o governo federal em março de 1990
No dia seguinte à posse, foi anunciado o Plano Collor, medida econômica criada para tentar conter a inflação que causou o confisco da poupança dos brasileiros, levou empresas à falência e a economia a uma recessão
Outra marca forte de seu governo foram os casos de corrupção. As denúncias foram feitas por seu próprio irmão, Pedro Collor, e envolviam o tesoureiro de sua campanha, PC Farias
Pedro Collor afirmou que PC participava de um esquema com concorrências fraudulentas, lavagem de dinheiro e pagamento de contas pessoais do presidente com dinheiro da campanha
O esquema incluía também tráfico de influência dentro do governo, e Pedro Collor acusou Fernando de ter conhecimento e concordar com ele. A corrupção também teria envolvido reformas na Casa da Dinda, a mansão onde a família morava em Brasília
As denúncias de corrupção levaram à instalação de uma CPI no Congresso e a população foi às ruas em manifestações com os “Caras Pintadas” e usando preto em oposição ao governo, foi aberto um processo de impeachment
Em setembro de 1992, a Câmara dos Deputados votou pela abertura do processo, com 441 votos a favor e 38 contra, afastando Collor do cargo para responder. O julgamento final no Senado começou em dezembro de 1992
Durante a sessão do Senado que poderia cassar seu mandato, Collor decidiu renunciar, em 29 de dezembro de 1992. Apesar da renúncia, o Senado prosseguiu com o julgamento e decidiu por sua retirada definitiva do cargo por 76 votos a 2
Com essa decisão, ele também ficou impedido de exercer cargos públicos por oito anos. Após o impeachment e a absolvição judicial dos crimes relacionados a ele, Collor retornou à política em 2006 como senador, cargo que ocupou até o início de 2023
Collor foi acusado de receber pelo menos R$ 20 milhões em propinas em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, entre 2010 e 2014
Em maio de 2023, foi condenado pelo STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena foi fixada em 8 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial fechado
Após o STF rejeitar recursos de sua defesa, o ministro Alexandre de Moraes determinou sua prisão e, em 25 de abril de 2025, Fernando Collor foi preso em Maceió para dar início ao cumprimento de sua pena
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