Um embate público entre o pastor Silas Malafaia e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) tomou conta das redes sociais nesta terça-feira (6). O motivo: a recusa do senador em assinar o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Malafaia usou seu perfil no X (antigo Twitter) para chamar Ciro de “traidor” e acusá-lo de boicotar o processo de impedimento com “joguinho psicológico” para desestimular outros senadores a assinarem. “Você faz graça enquanto o povo é perseguido pelo ditador da toga”, disparou o pastor.

Em resposta, Ciro foi direto:

“Pastor Silas, eu não me meto na sua igreja e se o senhor quiser ser senador e liderar o movimento político que quiser, será bem-vindo. Aí então verá que, diferente da sua igreja, na democracia não é a vontade de um, mas da maioria.”

A fala foi vista como um corte seco à interferência religiosa na política institucional, além de expor o mal-estar crescente entre setores da direita bolsonarista e políticos mais moderados ou pragmáticos do Congresso.

Horas depois, Malafaia voltou ao ataque:

“Você é um camaleão oportunista. Um coronel do Nordeste que não suporta crítica. Preconceituoso contra pastor. Apoia o ditador da toga.”

O embate rapidamente viralizou. A publicação de Malafaia acusando Ciro de oportunismo passou de 2 mil curtidas e 29 mil visualizações em poucas horas, enquanto a resposta de Ciro também teve ampla repercussão, acumulando mais de 51 mil visualizações.

O pastor Silas Malafaia é um dos principais líderes evangélicos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e tem liderado pressões públicas pela derrubada de ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes, acusado por bolsonaristas de autoritarismo.

Ciro Nogueira, por outro lado, embora tenha sido ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, vem adotando nos últimos meses uma postura mais institucional e menos alinhada com a ala mais radical da direita.

A polêmica evidencia o racha político no campo conservador e reacende o debate sobre os limites da atuação religiosa na política e a real viabilidade de um impeachment de ministros do STF — que, até hoje, jamais foi aprovado pelo Senado.





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