A fala do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em que coloca em dúvida a ocorrência da ditadura militar brasileira, repercutiu de forma negativa entre aliados de Mateus Simões (Novo), vice de Zema e pré-candidato ao governo mineiro.
O governador, que tenta cacifar seu nome para a disputa presidencial do próximo ano, disse em entrevista à Folha que o regime autoritário que vigorou de 1964 a 1985 é uma “questão de interpretação” e que cabe aos historiadores “debater isso”.
Aliados de Mateus disseram ao Painel que a fala pode atrapalhar a pré-candidatura do vice, nome apoiado por Zema para sucedê-lo no comando do estado a partir do próximo ano.
Enquanto o governador tem priorizado em seus discursos ataques ao governo Lula (PT) e políticas voltadas à segurança, Mateus tem liderado as discussões sobre a renegociação da dívida do estado junto à União, hoje um dos principais problemas do Minas.
O vice-governador ainda procura o apoio do PL para sua chapa, mas existe a possibilidade de uma candidatura de direita encabeçada pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), que é visto mais à direita e próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que Mateus.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.