Alunos da Escola Estadual Presidente Costa e Silva, na avenida Almirante Barroso, no Souza, estão na disputa de conhecimentos com estudantes de todo o país

Por Bianca Rodrigues (SEDUC)

25/06/2025 10h28

Professor Rodrigo Dornelles e os alunos Ana Victoria Conceição, Emerson Ribeiro e Esio Barros, da 1ª série do Ensino Médio

Na Escola Estadual Presidente Costa e Silva, em Belém, três estudantes foram selecionados para a fase final da 17ª Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo.

A participação representa um avanço importante para o ensino público do Pará, que agora marca presença entre os finalistas da competição nacional, a ser realizada nos dias 30 e 31 de agosto, no campus da Unicamp, em Barão Geraldo, Campinas (SP). A escola estadual é a única instituição pública de Belém classificada para a final presencial.

A equipe “Raízes de Belém”, composta por Ana Victoria Sousa da Conceição, Emerson Vinicius Pimentel Ribeiro e Esio Pinheiro Silva Barros, é formada por estudantes da 1ª série do Ensino Médio e está entre os finalistas da competição.

Neste ano, o tema central é “Informação: produção, circulação, limites e possibilidades”, propondo uma discussão profunda sobre o papel da informação na sociedade, os impactos da mídia e a relação entre comunicação e memória histórica.

“Essa última fase foi bastante desafiadora, exigiu muito esforço e pesquisa de todos nós. Mas, agora, conseguimos perceber que todo o trabalho valeu a pena. Eu sempre soube que conseguiríamos, graças ao empenho da equipe, que esteve dedicada em cada uma das etapas, não apenas nesta fase final. Chegar à final foi uma experiência incrível, um verdadeiro sentimento de missão cumprida. Quando a notícia saiu, foi uma enorme gratificação. Agora, para essa última fase, estou torcendo muito para que a gente consiga voltar com a medalha e o troféu, que, sem dúvida, ficarão marcados em nossa história”, comenta Ana Victoria Sousa, estudante.

A 17ª Olimpíada Nacional de História do Brasil foi composta por seis fases de provas online e uma fase final presencial. “As fases anteriores foram desafiadoras, mas conseguimos nos organizar e realizar todas as etapas em equipe. A última fase foi a mais difícil, e ficamos ansiosos com o resultado. Quando soubemos da convocação para a final, foi uma alegria enorme, pois todo o esforço, pesquisa e dedicação valeram a pena”, conta Emerson Vinicius, estudante.

O estudante Esio Pinheiro também compartilhou sua empolgação e esperança para a última etapa da competição, destacando o quanto essa experiência tem sido significativa para ele e sua equipe.

“Para a fase final, minha maior expectativa é que minha equipe e eu possamos dar o nosso melhor, ter um bom desempenho e, quem sabe, conquistar uma medalha. Se conseguirmos voltar com a de bronze, já será uma grande conquista. Essa é a minha esperança”, disse o estudante.

Sobre a ONHB – Criada em 2009, a ONHB é um projeto de extensão da Unicamp que tem como objetivo estimular o pensamento crítico e o interesse pela História. A competição reúne estudantes de todo o país em uma jornada de aprendizado que vai muito além da simples memorização de fatos, promovendo uma avaliação formativa e reflexiva.

A iniciativa é coordenada pelo Departamento de História da Unicamp e conta com o apoio do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), da Associação Nacional de História (Anpuh), do CNPq e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A olimpíada também envolve a colaboração de professores, estudantes de graduação, mestrandos e doutorandos de diferentes instituições do Brasil.

“Chegar à fase presencial da Olimpíada Nacional de História do Brasil já é uma grande conquista, com medalhas de finalista e a chance de disputar ouro, prata e bronze. A competição muda a rotina dos alunos, que trabalham em equipe durante seis semanas com tarefas desafiadoras que vão além do currículo, como análise de documentos e temas sociais, culturais e políticos. No Pará, a participação ainda é recente, mas vem ganhando força. É um orgulho, especialmente como professor da rede estadual, levar alunos de escola pública à final, algo que chama atenção e valoriza nossa educação. A Escola Costa e Silva ofereceu total apoio, com salas multimídia e maker, fundamentais na preparação”, destaca Rodrigo Dornelles, professor dos estudantes.

A ONHB integra ainda o programa “Vagas Olímpicas” da Unicamp, oferecendo aos participantes, conforme seu desempenho, a chance de ingressar diretamente em cursos de graduação da universidade, incluindo duas vagas no curso de História, sem precisar fazer o vestibular tradicional.



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