Empresa que denuncia Sheik por dar calote em pagamento de aluguel de uma mansão localizada em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro, entrou com agravo de instrumento, acusando o ex-jogador de má-fé
O ex-jogador Emerson Sheik, ídolo do Corinthians e do Flamengo, é alvo de mais acusação em um processo que corre na Justiça do Rio de Janeiro, ao qual ele é acusado de dar calote no pagamento de aluguel em uma mansão na região de Angra dos Reis, na Costa de Verde do Rio de Janeiro. O autor da ação que cobra o pagamento do aluguel, realizado entre 2018 e 2019, o Hotel Porto Itacuruçá, do empresário Jair Felício, afirma que o atleta tem agido de má-fé para evitar citações judiciais envolvendo o processo.
À Justiça, Emerson Sheik afirma que só tem tomado conhecimento dos andamentos do processo por conta de bloqueios em suas contas bancárias e nunca morou nos endereços citados no processo, localizados em condomínio residencial na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e uma mansão em Mangaratiba (que não é o alvo do processo).
Veja as fotos
Hotel alega que Sheik mente ao dizer que não reconhece os endereços citados
No entanto, o Hotel Porto Itacuruçá afirma que os endereços citados são verificados, uma vez que há provas robustas de que Emerson Sheik mora ou já morou nos locais. Para comprovar, a empresa anexou fotos de um cadastro de condôminos do edifício citado no processo atribuído ao atleta que, além da assinatura, também possui dados pessoais. A assinatura no cadastro foi comparada a uma feita no andamento do processo e se verificou a semelhança entre elas.
Além disso, também foram anexados na ação prints do aplicativo do condomínio residencial que comprovam que Emerson Sheik e a esposa, Andressa Quintanilha, frequentaram salas comerciais e a sala de massagem do edifício entre fevereiro e março deste ano.
Quanto ao condomínio de Mangaratiba, a empresa alega que o endereço citado foi localizado por diligências da própria Justiça e que correspondências referentes ao processo foram formalmente entregues.
Acusação de Má-fé
O Hotel Porto Itacuruçá acusa Emerson Sheik de má-fé e afirma que o jogador tem alegado, falsamente, que não reconhece os endereços citados e de tentar induzir o tribunal ao erro. Na ação, a empresa ainda afirma que o caso possui amplo conhecimento público e que o ex-jogador toma iniciativas apenas quando há bloqueios de contas bancárias em seu nome.
Com isso, o autor do processo peça que seja reconhecida a “litigância de má-fé” e que o jogador seja obrigado uma multa que representa pelo menos 10% dos valores da causa. Além disso, também há pedido para que o processo não seja extinto por problemas de citação judicial e a condenação para o pagamento de custas e honorários advocatícios.
Entenda o processo original
Em 2019, o empresário Jair Felício, dono do Hotel Itacuruçá, ajuizou uma ação que cobrava Emerson Sheik para o pagamento de aluguéis feitos em uma mansão em Angra dos Reis no condomínio Aquarius House.
Segundo o processo, Sheik teria descumprido o pagamento de aluguéis acertados entre 2018 e 2019, dado calote no IPTU, impostos governamentais e encargos trabalhistas de uma funcionária. O valor total da ação à época, era de R$ 93 mil.
Desde então, o processo tem movido lentamente, uma vez que a Justiça tem tido dificuldade de citar Emerson Sheik.
Outro lado
O Portal LeoDias tentou entrar em contato com Emerson Sheik via e-mail, mas não obteve resposta até o fechamento desta nota. Caso a equipe do ex-jogador deseje se manifestar, a matéria será atualizada.