O dólar voltou a subir nesta sexta-feira e já se aproxima dos R$ 5,60, refletindo a combinação de pressões externas e tensões internas. Por volta das 11h, a moeda norte-americana era negociada a R$ 5,58, com alta de 0,63% no mercado à vista.
O movimento ocorre em meio a expectativas sobre novas decisões do Federal Reserve (banco central dos EUA) e a crescente incerteza fiscal no Brasil. Investidores também monitoram com atenção as tensões políticas em Brasília, especialmente com o embate entre o Congresso e o STF, além da atuação do Banco Central brasileiro para conter a volatilidade do câmbio.
📉 Impactos da alta do dólar
A valorização da moeda americana tem efeitos imediatos no bolso dos brasileiros:
- Produtos importados e eletrônicos tendem a subir;
- Passagens e pacotes internacionais já estão mais caros;
- Empresários que dependem de insumos do exterior enfrentam aumento nos custos;
- Cidadãos com planos de viagem ao exterior devem preparar o bolso — o dólar turismo já ultrapassa R$ 5,80 em algumas casas de câmbio.
🏦 Intervenção do Banco Central
O Banco Central do Brasil já anunciou leilões extraordinários de swap cambial tradicional para tentar reduzir a volatilidade. Nesta semana, a autoridade monetária ofertou até US$ 600 milhões, medida que busca aumentar a liquidez e segurar a pressão sobre o real.
📊 Contexto global
A aversão ao risco tem aumentado com as tensões comerciais entre EUA e países emergentes, além de rumores sobre possíveis novas tarifas americanas sobre produtos estrangeiros, inclusive brasileiros. Esse clima eleva a demanda global por dólares, o que pressiona moedas locais como o real.
📌 Cenário em Canaã dos Carajás e região
Com a alta do dólar, setores locais também sentem os efeitos. Empresários do agronegócio, logística e mineração já alertam para possíveis reajustes em equipamentos, combustíveis e materiais importados. A população deve ficar atenta, especialmente no consumo de bens duráveis e alimentos industrializados.