O ex-ministro Walter Braga Netto chamou por duas vezes o tenente-coronel Mauro Cid de mentiroso durante a acareação desta terça-feira (24), disse o advogado do general, José Luis de Oliveira Lima.
“O general Braga Netto, em duas oportunidades, afirmou ao Mauro Cid, que permaneceu em todo o ato com a cabeça abaixada, e o chamou de mentiroso. Ele não retrucou quando teve a oportunidade de falar”, disse Oliveira Lima na saída do STF (Supremo Tribunal Federal).
A audiência durou cerca de 1h30. Ela foi fechada à imprensa, sem gravação de áudio ou vídeo.
O advogado de Braga Netto afirmou que a defesa foi proibida de gravar a audiência pelo ministro Alexandre de Moraes e disse que vai acionar a OAB contra a violação das prerrogativas da advocacia.
O principal ponto a ser esclarecido nessa fase será a suposta entrega de dinheiro vivo do general da reserva Braga Netto ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Segundo a denúncia, o recurso foi utilizado para ações golpistas de militares.
Braga Netto é amigo do pai de Cid desde a década de 1970, quando se conheceram na Academia Militar das Agulhas Negras. Foram contemporâneos no Alto Comando do Exército. As esposas dos generais são amigas de longa data, e o ex-ministro conhece o delator desde criança.