A história se repete e o cenário é conhecido dos leitores do Portal Canaã, o 5º site mais acessado do Pará: o projeto Pedra Branca, em Água Azul do Norte, mais uma vez pode mudar de mãos ou, ao menos, entrar em negociação. Depois de passar pelas gigantes Xstrata, Avanco, Oz Minerals e pela australiana BHP, agora é a brasileira Nexa Resources que surge como candidata à nova dona das operações de cobre e ouro na região.
É uma corrida silenciosa, mas bilionária. Segundo apuração do Valor Econômico, o processo está sendo conduzido pelo banco Santander. Um movimento que, embora discreto, pode reposicionar o mapa da mineração no sudeste do Pará e acende o alerta sobre o futuro da operação que, por tantos anos, tem sido promessa, projeto e ambição.
Para quem acompanha a novela, a trajetória do Pedra Branca é longa: a britânica Xstrata cedeu o ativo em 2012 para a Avanco Resources, que mais tarde foi incorporada pela Oz Minerals. A gigante australiana investiu pesado, mas, em 2023, acabou repassando seus ativos à BHP Billiton por US$ 6,4 bilhões, incluindo o Pedra Branca no pacote. Agora, dois anos depois, é a Nexa que aparece no páreo e com boas cartas na manga.
A Nexa, controlada pelo Grupo Votorantim, não é novata no jogo. Com oito operações distribuídas entre Brasil e Peru, a companhia tem no currículo a maior mina subterrânea de zinco do Peru (Cerro Lindo) e a maior refinaria de zinco das Américas (Cajamarquilla). No Brasil, a mineradora opera em locais estratégicos como Vazante, Três Marias, Juiz de Fora e Aripuanã esta última, uma das maiores apostas do setor para o futuro do zinco.
Com produção robusta de zinco metálico, cobre, prata, chumbo e ouro como coprodutos, a Nexa representa mais que um nome novo: é uma possível virada de página para o tão aguardado Pedra Branca.
Mas será desta vez?
A possível entrada da Nexa é um sopro de novidade, mas também um déjà vu. Como sempre, o Portal Canaã segue acompanhando de perto, e com memória.