A pesquisa Datafolha realizada nesta semana mostra que, embora com popularidade em baixa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém boa avaliação em segmentos da população que tradicionalmente o apoiam.

Brasileiros que ganham até dois salários mínimos, nordestinos e aqueles com escolaridade até o ensino fundamental tendem a julgar as políticas de Lula como melhor do que as de Bolsonaro em taxas maiores do que a média da população.

Entre as regiões do Brasil, o Nordeste se destaca no apoio às políticas do presidente em comparação com seu antecessor. Para 56% dos nordestinos, Lula é melhor do que Bolsonaro no combate à pobreza, contra 41% da população geral.

O presidente vai pior na região no combate à inflação, onde 38% o enxergam como melhor do que Bolsonaro e outros 38%, como pior. Apesar disso, Lula ainda vai melhor no Nordeste do que em outras regiões nesse quesito. No Sul, por exemplo, aqueles que o avaliam como pior nesta área são 61%.

Homens e mulheres mantém níveis iguais ou similares de aprovação das políticas do governo em comparação com a gestão anterior na maior parte dos temas: moradia e habitação, segurança pública, meio ambiente, saúde, e geração de emprego.

Na educação, mais mulheres avaliam o governo Lula como melhor ou muito melhor que Bolsonaro: 45%, contra 39% dos homens.

Apesar disso, os homens se destacam entre aqueles que avaliam as políticas do governo atual como piores ou muito piores do que as de seu antecessor.

No combate à inflação, embora os níveis de aprovação sejam similares nos dois sexos (30% entre os homens e 28% entre as mulheres), 53% dos homens afirmam que o governo Lula é pior ou muito pior que Bolsonaro. Entre as mulheres, a taxa é de 46%.

Na segurança pública, o cenário é o mesmo. Para 50% deles, a gestão petista é pior ou muito pior, contra 42% delas. No meio ambiente, 41% deles avaliam a gestão como pior, contra 35% delas.

Se o sexo não mostrou grande disparidade na hora de avaliar as políticas dos governos Lula e Bolsonaro de forma comparada, os níveis de escolaridade mostram uma grande divisão.

Lula mantém uma forte base entre a população que estudou até o ensino fundamental, indica a pesquisa. Nesse grupo, o presidente foi avaliado como melhor do que Bolsonaro em todas as áreas, com especial destaque para a geração de emprego e educação, onde 55% avaliam como melhor ou muito melhor que o antecessor.

Além de avaliarem o presidente de forma mais positiva que a média geral, esse segmento da população mostra uma discrepância maior com aqueles que tiveram maior acesso à educação formal. No campo do combate à pobreza, por exemplo, 51% avaliam Lula como melhor, contra 36% daqueles com ensino médio e 42% com ensino superior.

O presidente também vai melhor do que a média geral entre os brasileiros mais pobres, que ganham até dois salários mínimos —e que são uma de suas principais bases de apoio. Apesar disso, a discrepância é menor do que a gerada pela escolaridade.

No caso do combate à inflação, por exemplo, o índice geral de avaliação de Lula como melhor do que Bolsonaro é de 29%. Fazendo o recorte por renda, esse número sobe para 33%, e levando em consideração apenas a escolaridade, 40%.

Em relação à faixa etária, as avaliações de Lula como melhor do que Bolsonaro tendem a melhorar com a idade, com os entrevistados acima de 60 anos liderando na avaliação positiva. Apesar disso, a rejeição às políticas de combate à fome do atual mandatário é menor do que a média geral (40%) entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (31%).

O grupo mais jovem também mantém a menor taxa de avaliação “pior ou muito pior” de Lula em relação a Bolsonaro entre as faixas etárias nas áreas da saúde (32%), educação (30%), meio ambiente (25%), moradia e habitação (26%) e segurança (37%).

A faixa etária que pior avalia as políticas de combate à inflação do governo é a de 25 a 34 anos, onde 57% acham que Lula vai pior ou muito pior do que Bolsonaro.



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