Embora a narrativa do golpe seja uma farsa politicamente motivada, suas consequências são reais, especialmente para os perseguidos do 8 de janeiro, afirmou o comentarista Caio Coppolla no programa O Grande Debate desta terça-feira (1º).
“Pessoas inocentes foram presas, sem provas e sem julgamento, por longos períodos; investigados foram tratados de forma cruel e um deles chegou a falecer sob tutela do Estado; mães e pais de família, trabalhadores e sem antecedentes criminais, foram afastados do convívio com seus filhos menores de idade contrariando jurisprudência; e uma série de garantias processuais e direitos fundamentais foram violados”, disse.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), se reuniu com o presidente da Casa, Hugo Motta, ao lado do vice-presidente, Altineu Côrtes (PL-RJ), para discutir o projeto que busca anistiar pessoas por crimes relacionados ao 8 de janeiro de 2023. No entanto, ainda não há uma definição sobre como ficará a tramitação.
“Hoje, 1º de abril, dia universal da mentira, é a data propícia para debater um golpe de Estado imaginário, que nunca foi tentado. A acusação é tão fajuta, que os processos que serviram de trampolim para a apuração do golpe não vingaram: a Procuradoria pediu o arquivamento do caso do cartão de vacinas por falta de provas e o Tribunal de Contas decidiu que aquelas joias e relógios pertencem, de fato, a Bolsonaro”, continuou.
“O apoio ao projeto da anistia já contaria com 309 deputados favoráveis ao perdão dos condenados. Isso são três quintos, 60%, do Parlamento. Uma expressiva maioria, suficiente até para aprovar uma emenda à Constituição”, concluiu.