A escolha de Belém como sede da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em novembro de 2025, é um marco histórico para o Brasil e especialmente para o estado do Pará. Embora o evento aconteça na capital, os impactos já começam a ser sentidos em toda a região, e no Sudeste Paraense os reflexos prometem ser ainda mais significativos.
Recentemente, a prefeita de Canaã dos Carajás, Josemira Gadelha, participou do 1º Congresso do Ministério Público do Estado do Pará sobre Justiça Climática e Sustentabilidade, realizado em Belém. Durante sua participação na talk conferência “O Futuro das Grandes Cidades da Amazônia Pós-COP30”, ao lado de outros gestores municipais, Josemira destacou que a riqueza mineral não garante, por si só, qualidade de vida, e que a gestão pública tem a responsabilidade de transformar arrecadação em políticas públicas eficazes.
A COP30 como vetor de desenvolvimento
O Governo Federal anunciou cerca de R$ 4,8 bilhões em investimentos para preparar o Pará para a COP30, com foco em infraestrutura, saneamento, mobilidade urbana e sustentabilidade. Além disso, o Novo PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, fortalece ainda mais os aportes no estado, com obras que vão desde rodovias até programas de capacitação profissional.
Esse grande volume de recursos vai além de Belém. Ele dinamiza cadeias produtivas, amplia a circulação de insumos e serviços e promove a integração entre as regiões do estado. O Sudeste Paraense, que já concentra boa parte do PIB paraense, entra com força nesse novo ciclo de crescimento.
Logística melhor, custo menor
A reestruturação logística de Belém, com obras em portos, aeroportos e transporte urbano, tem impacto direto no interior. Com rotas mais eficientes e portos mais ágeis, o transporte de insumos e materiais de construção até Parauapebas, Canaã e Marabá tende a ficar mais rápido e barato.
Isso representa uma vantagem competitiva importante para o setor imobiliário, com redução nos custos de obras, maior oferta de materiais e viabilidade de novos empreendimentos. Isso sem contar o ganho logístico para o comércio e para a indústria local, que também movimentam a economia e geram empregos.
E os imóveis com isso?
Para o especialista imobiliário Abimael Brigido, a relação é direta. “Com a chegada de mais investimentos, a demanda por imóveis residenciais e comerciais aumenta. Empresas chegam, profissionais se mudam, a população cresce, e todo esse movimento gera pressão por moradias, terrenos e espaços comerciais”, afirma. Além disso, o mercado se antecipa. Investidores atentos já buscam áreas em expansão e bairros em valorização.
O Sudeste Paraense e a nova economia verde
A COP30 também coloca o Pará, e por consequência o Sudeste do estado, no radar global da transição energética e da economia verde.


A Vale já anunciou R$ 70 bilhões em investimentos na região de Carajás até 2030, focando na extração de cobre e ferro, minerais estratégicos para baterias e tecnologias limpas. A futura fábrica de cimento sustentável, que será implantada em Parauapebas utilizando rejeitos da mineração, é outro símbolo desse novo momento.
Tudo isso atrai atenção internacional e posiciona a região como um dos epicentros da nova economia verde, o que influencia diretamente a valorização dos ativos imobiliários.
Oportunidade com nome e endereço
A COP30 não é apenas um evento. É um acelerador de tendências e uma janela de oportunidades para quem enxerga o potencial do interior do Pará.
Com investimentos públicos e privados em expansão, visibilidade internacional e demanda crescente por moradia e infraestrutura, o Sudeste Paraense caminha para um novo ciclo de valorização imobiliária.
Quem planta agora, colhe muito em breve. Parauapebas, Canaã e Marabá são territórios estratégicos para investidores atentos.