Se formalizado, o convite ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para integrar o governo Lula (PT) será individual e não vai mudar a relação do PSOL com o Planalto, afirma a presidente do partido, Paula Coradi.
Como mostrou a Folha, Lula sinalizou que quer Boulos na Secretaria-Geral da Presidência, onde substituiria Márcio Macêdo. A intenção é melhorar a interlocução com movimentos sociais.
Coradi nega que a movimentação feita pelo governo seja um aceno ao PSOL. “Se o convite vier, ele está para nós caracterizado como um convite individual, pela articulação política, em relação ao papel político que o Guilherme Boulos tem ocupado nos últimos anos, de liderar um movimento muito importante, de ser uma figura política de muita relevância na política nacional”, diz. “Por isso, a gente acha que pessoalmente ele poderia desenvolver um papel interessante, sim.”
A presidente do PSOL afirma que o partido não participou de qualquer articulação em torno dessa possível indicação. “Nós já somos base do governo e a ida dele não muda a nossa relação. A gente sabe se posicionar da forma como o partido considerou mais adequada em todos os momentos”, afirma.
Coradi ressalta que a relação do PSOL com o governo já foi bem testada nos últimos três anos e que o partido manteve a coerência, em especial nas críticas à política econômica. “Nós achamos que ela não era adequada no sentido de dar a resposta necessária para a população em termos de rumos econômicos, onde passa mais investimentos do estado e tudo mais.”
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