A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), denunciou nesta quarta-feira (20) um caso de racismo sofrido pela ministra Vera Lúcia Santana em um evento do governo na última sexta-feira (16).
Vera Lúcia foi barrada quando chegou na sede da AGU (Advocacia-Geral da União) para participar de um evento do governo, segundo o TSE. O evento era o 25º Seminário Ética na Gestão, promovido pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
Cármen Lúcia condenou o ocorrido durante sessão do TSE desta quarta e ressaltou que a Justiça Eleitoral faz diversas campanhas pela inclusão e pela igualdade racial. Ela também prestou solidariedade à ministra Vera Lúcia e ressaltou que todo ser humano merece respeito.
Mesmo após o ocorrido, a ministra Vera Lúcia conseguiu entrar no local e participar do evento, disse Cármen Lúcia. “Após algumas providências, a ministra foi autorizada e cumpriu seu compromisso de fazer a palestra.”
O ministro Jorge Messias, da AGU, disse que tomará providências para apurar o ocorrido, segundo a ministra. “O ministro procurou a ministra e também me procurou. Ele enviou, a este tribunal, um ofício dizendo que se solidarizava não apenas com a ministra Vera Lúcia Santana, mas com este Tribunal Superior Eleitoral.”
A presidente da corte disse que oficiou à Comissão de Ética Pública da Presidência da República para dar ciência formal ao desagravo. “Esta presidência e toda Justiça Eleitoral não aceita práticas criminosas por discriminação, racismo, etarismo ou qualquer que seja.”
O UOL procurou o governo para comentar o caso. O espaço segue aberto para manifestação.