O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), diz ser alvo de retaliação política por parte do Ministério da Justiça, em razão da sua pré-candidatura a presidente da República.

O motivo da reclamação é a investigação de autoridades federais, revelada pela Folha, sobre possível envolvimento de postos de combustíveis de diversos estados com o crime organizado.

O levantamento, produzido pelo Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado, coordenado pelo ministério, colocou Goiás como o segundo estado com mais postos investigados, 163, atrás apenas de São Paulo. Os números, dizem Caiado, são falsos.

“Não sabia que o Ministério da Justiça estava utilizando de fake news para inventar dados infundados que colocam Goiás com 163 postos comprometidos com facções. Temos 26 postos investigados, dos quais 22 por problemas de sonegação fiscal e apenas 4 realmente por uma possível conexão com organização criminosa”, diz o governador.

Segundo ele, em nenhum momento o governo federal entrou em contato com o estadual para discutir esses números. “Como é que se chegou a esse dado, qual a fonte? Ninguém encaminhou a mim ou ao secretário de Segurança esses números”.

O governador afirma que a única explicação para o “tiro político” dado pelo governo é sua candidatura presidencial.

“Minha candidatura pelo jeito está incomodando muito o ministério. O que me estranhou é que não colocaram Goiás em primeiro lugar”, ironiza.

Caiado também atribui a suposta motivação política do governo Lula ao fato de ser um dos principais críticos da proposta de emenda constitucional da segurança pública, que, em sua visão, tiraria autonomia dos estados.

“Sou o cidadão que mais fala desse assunto no Brasil. O Sistema Único de Segurança apresentado pela PEC é uma total estímulo ao crime em nosso país. Sou o único governador que tem denunciado essa tentativa do governo federal de retirar prerrogativas dos estados”, afirma.

Caiado lançou no início do mês em Salvador sua pré-campanha a presidente, mas ainda precisa enfrentar resistências em seu próprio partido ao projeto. Uma ala da legenda defende apoio à reeleição de Lula.

Para o goiano, a vacância do Ministério das Comunicações, que era ocupado pelo partido, é uma oportunidade de o União deixar definitivamente o governo Lula.

“É um bom momento para o partido buscar o seu caminho normal e sair de perto desse governo o mais rápido possível, entregando esse e outros cargos que tenha. Vai ser o grande momento de crescimento do União Brasil”.


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