No coração da Província Aurífera do Tapajós, onde o passado ressoa com o barulho das bateias e o brilho do ouro ainda paira no imaginário coletivo, um novo capítulo começa a ser escrito. A Cabral Gold, empresa canadense com forte atuação no setor mineral brasileiro, anuncia um movimento estratégico que marca sua transição definitiva da prospecção para a produção de ouro: a contratação do engenheiro Luiz Celaro, ex-executivo da Vale, como Gerente de Construção do projeto Cuiú Cuiú, em Itaituba, no Pará.

Com larga experiência em projetos de mineração de ouro incluindo passagens por gigantes como a própria Vale e a Fides Mining Celaro chega como peça-chave na estruturação do projeto de lixiviação em pilha, uma das tecnologias mais eficientes e desafiadoras para a extração de ouro em ambientes tropicais.

“Estamos muito satisfeitos com a escolha do Luiz”, declarou Alan Carter, CEO da Cabral Gold. “Sua nomeação marca mais um passo importante em nossa transição de uma empresa júnior focada em exploração para uma produtora júnior “.

Não é pouca coisa. Cuiú Cuiú, onde a empresa detém 100% de participação, repousa sobre um subsolo rico em promessas: são mais de 450 mil onças de ouro estimadas em material de embasamento fresco e cerca de 170 mil em material oxidado, segundo os padrões internacionais do setor. O Pará que já foi palco da maior corrida do ouro do país nas décadas de 1980 e 1990, volta a chamar atenção agora por um modelo mais técnico, estruturado e comprometido com as normas ambientais e sociais.

Luiz Celaro não é um novato nesse tipo de desafio. Graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e com passagem pela Universidade de Nottingham, no Reino Unido, o engenheiro soma no currículo a gestão de sete projetos de mineração de ouro seis deles na fase de construção e atuação em diversos países. Um dos seus marcos profissionais foi no projeto Amapari, então o maior de lixiviação em pilha no Brasil entre 2004 e 2006, e posteriormente no projeto Aurizona, no Maranhão, hoje pertencente à Equinox Gold.

Sua chegada à Cabral é vista como um passo decisivo para destravar o potencial de Cuiú Cuiú e inserir o projeto no radar de produção nos próximos meses. E mais que isso: simboliza a aproximação entre a experiência consolidada da mineração tradicional e a nova geração de empresas júnior com apetite para transformar recursos em resultados concretos.

Enquanto a floresta amazônica guarda, silenciosa, os segredos de milhões de onças já retiradas e outras tantas ainda por descobrir, o projeto da Cabral Gold ganha tração. Com Celaro à frente da construção, a promessa é clara: transformar o solo histórico de Itaituba em uma referência moderna de mineração responsável e eficiente.

E assim, entre mapas geológicos, toneladas de minério e o brilho do ouro, mais uma página da história mineral do Brasil começa a ser escrita desta vez, com nome e sobrenome: Luiz Celaro, agora Cabral.



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