Brasil segue taxado por uma Ditadura (amiga) e por uma Democracia – Portal Canaã
O Brasil está no meio de um cerco tarifário. De um lado, uma ditadura aliada ideológica do governo Lula — a Venezuela de Nicolás Maduro — impõe tarifas de até 77% sobre produtos brasileiros, rompendo acordos comerciais e desrespeitando tratados internacionais. Do outro, uma democracia formal, os Estados Unidos, anunciam sanções e tarifas de até 50% sobre exportações brasileiras. Em ambos os casos, o Brasil é penalizado.
E em nenhum deles há reação proporcional do governo federal.
A medida da Venezuela, aplicada desde julho de 2025, atinge diretamente exportadores de Roraima, que têm no comércio com o país vizinho uma das poucas saídas econômicas sustentáveis. Mesmo com o Acordo de Complementação Econômica ACE-59, que garante isenção tarifária mediante certificado de origem, Caracas passou a ignorar os termos e cobrar taxas abusivas, sem qualquer justificativa oficial.
O mais grave: a Venezuela deve mais de R$ 10 bilhões ao Brasil, referentes a financiamentos de obras e exportações financiadas pelo BNDES. Está inadimplente desde 2018, mas mesmo assim, aplica tarifas ao país credor.
E o governo brasileiro? Silêncio. Nenhuma nota do presidente Lula, nenhum pronunciamento do chanceler Mauro Vieira, nenhum protesto formal divulgado publicamente. Apenas tratativas tímidas por meio da embaixada.
Do outro lado, os Estados Unidos, sob liderança de Donald Trump, ameaçam o Brasil com tarifas de até 50% sobre suco de laranja, carne, café e aço, alegando concorrência desleal e protecionismo brasileiro. A retaliação mira o que Trump classificou como “injustiça comercial” e “conivência com ditaduras”.
A resposta do Brasil até aqui também tem sido frágil. O governo tenta negociar nos bastidores, mas não apresenta plano firme nem defesa pública do produtor nacional.
| País que taxa o Brasil | Regime político | Tarifa aplicada | Reação do Brasil |
|---|---|---|---|
| Venezuela | Ditadura chavista | Até 77% | Silêncio institucional |
| Estados Unidos | Democracia liberal | Ameaça de até 50% | Negociação sem transparência |
O que se vê é um Brasil fragilizado internacionalmente, sem voz firme nem mesmo para cobrar quem lhe deve bilhões.
Enquanto o governo Lula prioriza relações ideológicas e apazigua ditaduras aliadas, o país é taxado pelos dois lados: pelo “amigo” Maduro e pelo “rival” norte-americano. O comércio exterior brasileiro está sendo esmagado por tarifas e sanções, e o Planalto parece mais preocupado em preservar narrativas do que defender os interesses do povo.
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