Belém, capital do estado mais minerador do Brasil, arrecada só R$ 40 mil de CFEM em 2025
Mesmo sendo o centro político e econômico do Pará — e sede da Agência Nacional de Mineração (ANM) no estado —, Belém recebeu apenas R$ 40.237,45 em compensação financeira pela exploração mineral (CFEM) durante todo o ano de 2025CFEM 2025.
Enquanto isso, cidades como Canaã dos Carajás (R$ 563,2 milhões) e Parauapebas (R$ 503,4 milhões) acumularam fortunas bilionárias em royalties.
A diferença é tão grande que Belém arrecadou mil vezes menos que Canaã — um retrato claro da desconexão entre o poder político e a origem da riqueza mineral do estado.
💡 A capital do minério sem mineração
Belém não possui minas em operação, o que explica o valor simbólico.
A receita que chega ao cofre municipal vem de filiais de mineradoras registradas na cidade, taxas administrativas, ou atividades secundárias de beneficiamento e transporte.
Mesmo com esse valor mínimo, Belém ainda aparece no ranking estadual da CFEM, mostrando que parte do sistema financeiro da mineração — e não apenas o minério em si — também passa pela capital.
⚖️ O contraste
Município | Total de CFEM em 2025 (R$) | Relação com Belém |
---|---|---|
Canaã dos Carajás | 563.211.318,16 | 14.000 vezes maior |
Parauapebas | 503.458.812,86 | 12.500 vezes maior |
Marabá | 152.018.127,16 | 3.700 vezes maior |
Belém | 40.237,45 |
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