Milhares de manifestantes lotaram a Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (3), em um dos maiores atos da oposição em 2025. A mobilização, convocada por lideranças conservadoras, teve como principais pautas o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do STF, Alexandre de Moraes, além da anistia aos presos do 8 de janeiro.
Público supera expectativa dos organizadores
A organização do evento estimou mais de 80 mil pessoas ao longo da avenida. O espaço entre o Masp e a Praça do Ciclista ficou completamente ocupado por manifestantes vestidos de verde e amarelo, muitos carregando faixas em português e inglês. Os dizeres pediam “liberdade”, “respeito à Constituição” e agradeciam a Donald Trump e ao senador norte-americano Marco Rubio pelo apoio internacional à direita brasileira.
Nem a ausência de Jair Bolsonaro — que não pôde comparecer por restrições judiciais — impediu a adesão em massa. A mobilização foi liderada por nomes como o pastor Silas Malafaia e parlamentares do PL e do partido NOVO. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) marcou presença, enquanto o governador Tarcísio de Freitas justificou ausência por motivos de saúde.
Clima pacífico e discurso inflamado
Apesar do tom firme das falas contra o STF e o governo federal, o protesto ocorreu de forma pacífica. Discursos defenderam a liberdade de expressão, atacaram decisões judiciais consideradas abusivas e reforçaram a campanha por anistia aos manifestantes presos desde 2023. Houve ainda coro para “impeachment já” e críticas diretas à condução econômica do país.
A forte presença popular na Paulista, mesmo sem Bolsonaro no palanque, é um sinal claro da resistência ativa da base conservadora e pode influenciar o cenário político de olho nas eleições municipais e em 2026.
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