O cenário ainda é de obra: britadeiras, concreto, trabalhadores uniformizados. Mas quem passa por ali já percebe que não se trata apenas de mais uma reforma pública. A ampliação do aeroporto de Parauapebas tem um simbolismo claro e o prefeito Aurélio Goiano faz questão de estar presente para reforçá-lo: a cidade está prestes a mudar de escala.
Ao acompanhar de perto os trabalhos, Goiano demonstra mais do que interesse técnico. Mostra consciência estratégica. Entende que, ao investir em mobilidade aérea, Parauapebas deixa de ser apenas um polo de mineração e se aproxima da condição de centro logístico regional. Um salto que exige não só obras, mas visão e articulação política.
O prefeito tem atuado junto ao governador Helder Barbalho para destravar etapas e garantir que o aeroporto entre em operação o quanto antes. A promessa é de que, quando pronto, o terminal tenha capacidade para atender mais de 20 cidades do entorno. Isso significa um novo fluxo de gente, mercadorias e serviços circulando por Parauapebas. Uma mudança estrutural.
As melhorias previstas explicam o otimismo. O terminal passará de 800 m² para 2.500 m², com ampliação da sala de embarque, área pública e check-in. Serão novos portões, nova esteira de bagagem, pátio ampliado, áreas de segurança reformuladas e uma experiência muito mais fluida para o passageiro. Tudo isso sob gestão da Aena, empresa especializada em operar aeroportos no Brasil e na Europa.
Do ponto de vista econômico, o impacto é direto. O novo aeroporto deve provocar um aumento no turismo de negócios, atrair eventos, facilitar o deslocamento de investidores e abrir portas para o turismo de lazer. Bares, hotéis e restaurantes, setores que já sentem o aquecimento da economia, tendem a se beneficiar ainda mais com o novo ciclo.
Mais do que isso: a ampliação muda a lógica de desenvolvimento do município. Parauapebas passa a competir em outra categoria, mais conectada, mais dinâmica, mais visível. Um aeroporto moderno não serve apenas para embarcar e desembarcar pessoas. Ele atrai oportunidades, integra regiões e reposiciona a cidade no mapa nacional.
Aurélio Goiano parece ter compreendido essa dinâmica. Ao priorizar a obra, envia um recado: o futuro de Parauapebas está em movimento. E esse movimento começa pela infraestrutura. O prefeito não fala em promessa, fala em destravar, acelerar, inaugurar. É, portanto, uma liderança que age menos no discurso e mais no concreto. Literalmente.
A cidade ainda está em obras. Mas o horizonte já é outro. Parauapebas prepara seu aeroporto para decolar e, com ele, uma nova fase de crescimento. Quem vive aqui, quem investe aqui, quem sonha aqui, já pode começar a fazer as malas