Aurélio Goiano consegue deixar críticos da era Darci sem discurso unificado

Em uma série de articulações políticas na capital federal, o prefeito de Parauapebas (PA), Aurélio Goiano (Avante), surpreendeu opositores ao se reunir com parlamentares de diferentes espectros ideológicos, incluindo nomes do PL e do PT. A movimentação deixou críticos sem discurso unificado e enfraqueceu a narrativa de que o gestor teria se alinhado a um único campo político.
Durante a semana, Goiano encontrou-se com o deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), após já ter articulado com o senador Beto Faro (PT-PA), aliado da base petista no estado. As reuniões tiveram como foco principal a busca por recursos para a “Capital do Minério”.
“Meu partido é Parauapebas”, afirmou o prefeito, rebatendo acusações de que teria se distanciado de suas bases eleitorais ao dialogar com lideranças de esquerda. “Não estou aqui para fazer política de esquerda ou de direita. Estou aqui para resolver os problemas que encontrei ao assumir uma cidade abandonada.”
As críticas, que vinham ganhando corpo entre antigos aliados do ex-prefeito Darci Lermen, têm perdido força diante da postura pragmática do atual gestor.
A presença ao lado de Joaquim Passarinho, figura alinhada ao bolsonarismo, desconstruiu a narrativa de que o prefeito estaria em processo de aproximação com a esquerda. O gesto também foi visto como uma tentativa de manter equilíbrio político diante de um cenário nacional ainda polarizado.
Com a agenda em Brasília, Goiano sinaliza que pretende manter diálogo com todos os campos políticos, desde que haja retorno direto para o município. A postura, embora criticada por adversários, tem garantido apoio pontual de diferentes frentes no Congresso.
Enquanto isso, seus críticos locais, antes unidos pelo discurso de que o prefeito “teria mudado de lado”, agora se veem obrigados a reformular suas estratégias diante de um cenário político mais fluido e menos previsível.
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