Com o Brasil à beira de uma nova crise fiscal, STF libera aumento de imposto, Previdência derrete e tarifas americanas batem à porta. Mas o país só comenta a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro.
O Brasil vive um apagão de prioridades. Três bombas fiscais ameaçam diretamente a economia nacional:
- O rombo do INSS, que já passa de R$ 320 bilhões;
- O aumento do IOF, autorizado pelo STF por decreto presidencial;
- A entrada em vigor, em agosto, das tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.
Mas nenhuma dessas pautas ganha espaço no debate público. A manchete do momento? A tornozeleira de Bolsonaro.
Em decisão recente, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o governo federal a aumentar o IOF sem aval do Congresso. O imposto, que incide sobre empréstimos, seguros, operações cambiais e uso de cartão de crédito no exterior, voltará a pesar no bolso da população já sufocada por juros e inflação.
No mesmo momento, Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro, em meio às investigações sobre tentativa de golpe. A decisão teve impacto direto: as manchetes se voltaram exclusivamente ao ex-presidente, silenciando qualquer reação pública ao aumento de imposto ou ao colapso previdenciário.
Enquanto isso, uma nova ameaça se aproxima:
A partir de agosto, os EUA aplicarão tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros, impactando diretamente o agronegócio, a indústria e o setor de exportações. O Brasil pode perder competitividade, empregos e bilhões em receita — e, mais uma vez, o tema não está sendo discutido.