Os ataques à ministra Marina Silva (Meio Ambiente) na Comissão de Infraestrutura do Senado são assustadores e incompatíveis com o decoro parlamentar, afirmou nesta terça-feira (26) o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).

Guimarães, que participou de uma reunião entre a ministra, uma comissão de deputados e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que Marina recebeu solidariedade dos presentes após as ofensas sofridas no Senado.

Mais cedo, a ministra deixou a sessão na comissão depois que o líder do PSDB, senador Plínio Valério (AM), disse que ela não merecia respeito.

“Nós prestamos solidariedade à ministra, porque isso aqui não é um terreiro de briga de galo, não. A ministra precisa ser respeitada”, ressaltou Guimarães. “Alguns senadores não a respeitaram e ela tem total solidariedade nossa. Não se faz isso. A República está de cócoras por conta desse tipo de comportamento que muitas vezes acontece aqui e que hoje aconteceu no Senado.”

Ele disse ter ficado surpreso com ataques inclusive de aliados. Na sessão, o senador Omar Aziz (PSD-AM) discutiu com a ministra por causa da BR-319, rodovia federal que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM) e enfrenta, há anos, dificuldades de licenciamento ambiental para ser novamente pavimentada. O senador disse que Marina não era “mais ética” do que ninguém que estava na sala.

“Eu acho que é uma coisa que assusta, esse clima, esse tipo de conduta, esse tipo de comportamento. É incompatível com o decoro, é incompatível com a Constituição”, afirmou. “Eu acho que esses dois plenários, os nossos antepassados, eles tremem no túmulo.”

Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) também criticou o comportamento dos senadores. “Foi um desrespeito inadmissível. Uma misoginia. Atacar uma mulher que tem uma história como a Marina.”


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