– Se você olhar a tabela da Europa, nem o Barcelona, nem o Paris fazem gols todos os jogos. Muitas vezes, perdem gols. Daí, olhamos e fazem quatro, cinco. Conheço o Flamengo, estou aqui há seis anos. Quando não conseguimos as coisas, por exemplo, empatamos com o Vasco, não fizemos gols, criamos várias chances, mas não fizemos, mas a torcida ou os analistas de YouTube ou Twitter precisam achar um culpado. Começam a analisar quem é o culpado. “Ah, o culpado é que o Gerson está jogando no ataque, o Bruno Henrique, ou Michael” e fazem a cruz no jogador e começam a decidir pelo torcedor, e o torcedor consome isso. O que eu quero pedir é que não consumam o que eles falam. Eu também analiso minha equipe, também sei o que se pode melhorar. E quando não fazemos gols, os jogadores são os primeiros que pedem mais finalizações, que sabem que têm que melhorar, ser mais frios, criar mecanismos para fazer gols. Esse time já deu muitas alegrias e é o time mais goleador do Brasil em 2025. Eu sei o que estou fazendo, sei o caminho para chegar até o gol do adversário. Tem dias que eles vão fazer gols, tem dias que vão chutar 20 e, infelizmente, não vai entrar. Isso acontece porque o adversário também joga. Entramos com os melhores 11 da América em campo, mas o adversário também joga, sabe anular. O mesmo jornalista que me pede para colocar o Gerson de volante é o mesmo que vai me pedir para colocar o Nico de meia. Deixa comigo, quem vai errar sou eu. Deixa que esse é o meu trabalho.