Não dá pra ficar desmotivado em Canaã dos Carajás, Parauapebas e Marabá. Os números do Relatório de Produção e Vendas da Vale no segundo trimestre de 2025 são, no mínimo, animadores. Todos os projetos da mineradora na região registraram crescimento na produção e mostram que, apesar dos altos e baixos do mercado, o motor da mineração no sudeste do Pará segue firme.
O trimestre foi marcado por um sólido desempenho em todos os segmentos de negócio da Vale, mas a força do cobre roubou a cena – e com razão.
Começando por Salobo, em Marabá: a produção de cobre aumentou 4,5 mil toneladas em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse salto foi impulsionado pelo fim do ramp-up do Salobo 3 e por um desempenho operacional consistente. O curioso e estratégico é que boa parte da mão de obra de Salobo sai de Parauapebas, o que significa que Marabá lucra com a CFEM e Parauapebas fatura com a movimentação econômica local. Uma dobradinha de peso.
Já Sossego, em Canaã dos Carajás, também fez bonito. A produção de cobre cresceu 5,2 mil toneladas, graças ao maior teor de cobre no material processado e à boa disponibilidade da planta. E tem mais: em junho, a Vale recebeu a Licença Prévia do projeto Bacaba, iniciativa que vai estender a vida útil do Complexo Minerador de Sossego.
O Bacaba promete produzir, em média, 50 mil toneladas de cobre por ano, por oito anos, com start-up previsto para o primeiro semestre de 2028 e investimento estimado em US$ 290 milhões.
Ou seja, enquanto o futuro chega com cautela em muitos lugares, por aqui ele chega escavando, moendo e exportando. E, de quebra, deixando emprego, royalties e esperança no chão vermelho de Canaã, Parauapebas e Marabá.