Por mais que digam que o Brasil não tem sorte, é difícil não pensar que Parauapebas nasceu virada para a Serra dos Carajás e com razão. A cidade, que já respira minério com a força bruta do Projeto Carajás da Vale, agora se vê diante de uma nova avalanche econômica: dois grandes empreendimentos minerários se aproximam, prometendo transformar o que já era exceção em padrão.

Se com um projeto a cidade já “bomba”, como diriam os mais animados, imagine com três.

Além do gigante da Vale, há o projeto Ferro Sul, da Ligga um nome que pode ainda não ter caído na boca do povo, mas já começa a mover cifras e expectativas. Como se não bastasse, a mineradora canadense Ero Copper avança com sondagens no projeto Furnas, adicionando mais lenha (ou melhor, minério) ao fogo do crescimento local.

E vale um parêntese importante aqui: embora o Salobo esteja no território de Marabá e sua Cfem (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) vá para lá, a mão de obra majoritariamente reside em Parauapebas. É aqui que os salários são gastos, os aluguéis dispararam e os pequenos negócios florescem a cada esquina.

O mercado imobiliário, por exemplo, já deu sinais claros de que está vivendo um de seus melhores momentos. Tem casa que valorizou mais que ouro. O comércio vibra. Empreendedores se multiplicam. A cidade pulsa. Se antes o “boom” era causado por um único projeto, agora o ritmo é outro. Parauapebas está no compasso da mineração em esteroides.

Claro, há desafios: mobilidade urbana, habitação, infraestrutura, serviços públicos… Mas nada que tire o brilho da transformação em curso.

Com três projetos em andamento (ou quase), Parauapebas deixa de ser uma promessa e se consolida como realidade econômica de peso no Pará e por que não, no Brasil.

No fim das contas, talvez o mais difícil agora seja segurar Parauapebas.



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