O cerco jurídico contra o ex-presidente Jair Bolsonaro se estreita. Após ter sido alvo de novas medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro agora corre o risco real de ser preso a qualquer momento, caso descumpra qualquer um dos termos impostos pela Justiça.

Entre as proibições determinadas por Moraes estão: uso de redes sociais (direta ou indiretamente), contato com seu filho Eduardo Bolsonaro e com autoridades estrangeiras, além da obrigação de usar tornozeleira eletrônica e manter-se recolhido no período noturno (das 19h às 7h). A decisão também veda qualquer entrevista ou manifestação que seja divulgada ou transmitida por meios digitais, mesmo que através de terceiros, como assessores, apoiadores ou veículos aliados.

A medida tem fundamento no artigo 312 do Código de Processo Penal, que permite a prisão preventiva de investigados que descumpram ordens judiciais, ameacem a ordem pública ou tentem obstruir investigações.

O problema surgiu com a circulação de vídeos recentes nas redes sociais, onde Bolsonaro aparece em encontros com deputados e apoiadores. Mesmo sem falar diretamente às câmeras, o simples fato dessas imagens estarem sendo compartilhadas pode ser considerado pelo STF como uma burla às restrições.

O ex-presidente já cancelou entrevistas com medo de ser detido, mas aliados continuam divulgando falas, imagens e presenças que o envolvem, o que pode ser considerado descumprimento indireto. Moraes não deixou brechas: mesmo conteúdo publicado por terceiros pode justificar a prisão.

Em um país polarizado e com a Justiça no centro do debate político, qualquer movimento fora da linha pode ser fatal para Bolsonaro. O alerta está dado: a prisão é apenas questão de tempo, caso a interpretação de Moraes se mantenha.





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