Lula fala em soberania nacional, mas esquece as vezes que interferiu em outros países – Portal Canaã


O presidente Lula voltou a levantar a bandeira da “soberania nacional” ao criticar duramente os Estados Unidos pela revogação dos vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal. A medida, tomada por Washington sob acusação de censura e perseguição política no Brasil, gerou reação imediata do Planalto, que classificou a ação como “arbitrária” e “inaceitável”.

Mas a indignação do presidente brasileiro esbarra em um fator incômodo: o seu próprio histórico de interferência em assuntos internos de outros países. A retórica de Lula sobre respeito entre as nações soa, no mínimo, contraditória à luz de diversos episódios ao longo de seus mandatos.

Quando foi Lula que interferiu

🟥 Argentina (2023)

Em plena campanha eleitoral, Lula articulou um empréstimo de US$ 1 bilhão via CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) ao governo de Alberto Fernández, o que facilitou novo repasse de US$ 7,5 bilhões do FMI — uma tentativa clara de fortalecer o candidato governista Sergio Massa. Javier Milei, hoje presidente, denunciou a manobra como interferência direta do Brasil nas eleições argentinas.

🟥 Itália (2009)

Lula negou a extradição de Cesare Battisti, condenado por terrorismo e assassinatos na Itália. A decisão, unilateral e desafiando acordos judiciais bilaterais, foi um ato explícito de intromissão no sistema judiciário de um país soberano.

🟥 Irã (2010)

Ao oferecer asilo à iraniana Sakineh Mohammadi, condenada à morte por apedrejamento, Lula confrontou abertamente a Justiça iraniana. A ação, embora motivada por direitos humanos, foi rejeitada por Teerã e repercutiu como tentativa de ingerência.

🟥 Nicarágua (2023)

Na OEA, o governo Lula tentou suavizar críticas ao regime de Daniel Ortega, acusado de prisão e tortura de opositores e religiosos. Mais uma vez, a diplomacia petista tentou intervir no debate internacional em defesa de um aliado ideológico.

O discurso que não se sustenta

Ao denunciar as ações americanas como “intromissão intolerável”, Lula tenta se colocar como defensor da soberania nacional. Mas o discurso perde credibilidade diante de suas próprias práticas externas, seja através de financiamentos seletivos com dinheiro do BNDES, seja por articulações políticas em momentos cruciais para governos estrangeiros alinhados à sua ideologia.

A verdade é simples: o mesmo presidente que hoje grita por soberania foi, por anos, protagonista de ações que desrespeitaram justamente a soberania de outras nações. A incoerência é flagrante.


O Brasil está pagando caro?

A reação americana às práticas do governo brasileiro já está custando caro:

  • Sanções diretas a membros do STF e seus familiares;
  • Tarifas comerciais de até 50% sobre produtos brasileiros;
  • Riscos de isolamento político internacional caso Lula continue esticando a corda em nome de alianças ideológicas.



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