Nos últimos meses, o nome do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), começou a aparecer com frequência no xadrez nacional como possível vice-presidente em diversas composições para 2026. À direita, à esquerda e ao centro, o nome do paraense tem surgido como carta coringa e a pergunta que se impõe é: por que tantos querem Helder como vice?
A resposta começa no próprio Pará. Desde que assumiu o governo estadual, Helder emplacou uma gestão de forte presença territorial, marcando atuação nos 144 municípios paraenses, algo inédito na história recente do estado. Isso no Pará que, não custa lembrar, já flertou com a divisão territorial, quando, em 2011, o plebiscito para a criação do estado de Carajás mobilizou debates e paixões. A divisão não veio, mas a ideia de um estado fragmentado e desigual permaneceu no imaginário. E é justamente nesse cenário que Helder se destacou: costurando unidade, investindo em infraestrutura e demonstrando atenção aos rincões mais esquecidos.
A reeleição em 2022, com o maior percentual de votos entre todos os governadores do país, consolidou essa força. E o desempenho político de Helder segue em alta: nas eleições municipais de 2024, seu partido, o MDB, elegeu prefeitos em mais de 80 municípios paraenses já no primeiro turno, um feito que poucos líderes estaduais conseguem replicar.
Mas Helder Barbalho não está restrito ao Pará. Foi dele a articulação para que Belém fosse escolhida como sede da COP 30, a conferência mundial do clima marcada para 2025. O anúncio oficial colocou a capital paraense no mapa do mundo e elevou o governador a um novo patamar: o de líder ambiental com influência global. E, mais que isso, um nome capaz de representar a Amazônia nos fóruns que realmente importam.
Nos bastidores da política nacional, o que se diz é que, caso o Brasil tenha em 2026 um vice-presidente com a capacidade de articulação e presença municipal que Helder Barbalho tem demonstrado, os estados terão um aliado de peso em Brasília. Seu estilo é pragmático, conciliador, e sua força política vem justamente da capacidade de construir coletivamente.
Ainda é cedo para cravar qualquer cenário, mas que o nome de Helder Barbalho ganha força a cada movimento político, ninguém pode questionar.