Gaúcho de Santo Ângelo, o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes tem tido uma agenda repleta de compromissos destinados a seu estado de origem.
No meio político e entre membros da corte, a avaliação é que ele prepara seu retorno à política no ano que vem, com uma candidatura a governador, senador ou deputado federal. Antes de chegar ao TCU, em 2005, Nardes foi deputado federal, estadual e vereador no Rio Grande do Sul.
Em contato com o Painel, o ministro nega as pretensões eleitorais e o plano de deixar o TCU antes da aposentadoria compulsória, em outubro de 2027, quando completa 75 anos.
Desde o início de maio, foram 36 agendas ou reuniões ligadas ao estado, segundo compromissos que o ministro lista em suas redes sociais, uma vez que ele não divulga sua agenda no site no TCU.
Nardes tem ido semanalmente a municípios do interior gaúcho, muitas vezes prestigiando feiras locais.
Exemplos recentes foram sua visita à Joanpepa, em Marcelino Ramos, à Fenamilho, em Santo Angelo, à Exposol, em Soledade, e à Expofeira, em Três de Maio. Também encontrou-se com políticos de cidades como Santana do Livramento, Viadutos, Rio dos Índios e Dona Francisca, entre outros.
Um tema ao qual ele tem se dedicado é o da ajuda aos agricultores gaúchos, afetados pelas enchentes no ano passado.
Em 11 de junho, durante sessão da corte, chegou a chorar ao tratar do tema. “Ajudem os gaúchos, nos deem um prazo, ninguém quer nada de graça. Aquele povo tem vergonha na cara e está se matando”, declarou.
Em nota ao Painel, Nardes afirmou que se dedica a vários temas e mencionou que desde o início de maio também teve 23 agendas não ligadas a seu estado de origem. Entre elas, reuniões para tratar de educação em 3 e 6 de junho, palestras sobre governança em Brasília e viagens a Portugal e Albânia representando o TCU.
“Sou oriundo do Rio Grande do Sul. Como uma pessoa pública, recebo vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, ministros de Estado, dirigentes, advogados, estudantes e jornalistas, entre outros tantos”, declarou.
A quantidade de agendas gaúchas, segundo ele, se deve ao fato de ser relator do processo que trata dos recursos destinados à Defesa Civil do programa Recupera Rio Grande do Sul.
“Em todas as minhas relatorias ou auditorias costumo buscar o maior número de informações e elementos com as pessoas atingidas ou locais para poder fazer um parecer o mais próximo possível da realidade”, acrescentou.
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