Trabalho das mulheres trançadeiras de Arapiuns, o feijão manteiguinha e o Pirarucu são os produtos valorizados da região de Santarém, oeste do Pará

Por Lorena Esteves (SEDAP)

18/06/2025 08h22

Chef Saulo, o secretário Giovanni Queiroz e a coordenadora Márcia Tagore, da Sedap, seguram uma peça feita de palhas do tucumanzeiro, palmeira nativa da Amazônia, pelas trançadeiras da região do rio Arapiuns

A Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), por meio do Programa de Incentivo à Indicação Geográfica e Marcas Coletivas do Estado do Pará (Lei 10.510/2024), articula parcerias para o processo de obtenção de Indicação Geográfica (IG) de três produtos da região de Santarém, no Tapajós, oeste do Pará. A meta é reconhecer o trabalho das Mulheres dos Trançados de Arapiuns, bem como a importância cultural do feijão manteiguinha e do Pirarucu, grande peixe amazônico ameaçado de extinção.

Nos próximos dias 23 a 26, uma equipe da Sedap vai a Santarém para consolidar o arranjo das parcerias institucionais necessárias para iniciar o processo da indicação geográfica do Pirarucu e retomar o processo de IG dos trançados e do feijão manteiguinha. A programação conta com reuniões com os produtores, pescadores e artesãos, juntamente com os técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a equipe da Sedap regional e da prefeitura local, através das secretarias de agricultura e de turismo municipais. 

Parcerias – Para a coordenadora do Programa de Incentivo à Indicação Geográfica e Marcas Coletivas do Estado do Pará, engenheira agrônoma da Sedap, Márcia Tagore, o trabalho conjunto entre governo e parceiros locais é fundamental para a obtenção do reconhecimento de uma IG.

“Essas parcerias solidificam toda uma história de tradição e valorizam o trabalho local. O Pará é muito grande, muito rico, e nós precisamos contar sempre com esses apoios, essas pessoas que são referências mundiais. E isso, para indicação geográfica, é importante porque a indicação geográfica também é um instrumento reconhecido no mundo”, destaca.

Feijão manteiguinha de Santarém é uma das especialidades do chef Saulo

Entre esses parceiros está o Chef Saulo Jennings, referência de valorização da comida e da cultura alimentar do Tapajós que contribui, por meio de pesquisa e registros documentais, para o processo de reconhecimento da importância dos produtos da região. “Em nome de todas as pessoas e famílias que produzem o trançado, que plantam o feijão de Santarém e que manejam o Pirarucu, eu estou em todas elas, um agradecimento ao trabalho consistente de vocês. Essa valorização vai melhorar a geração de emprego e renda e, principalmente, a sociobioeconomia local”, ressalta.

Mercado Internacional – O secretário de desenvolvimento agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, enfatiza que além da valorização em âmbito regional, a obtenção de Indicação geográfica é uma forma de proteger o nome do território para um determinado produto ou serviço, reconhecendo para o mercado internacional o valor único e a importância cultural. 

“A indicação geográfica já é uma exigência do mercado internacional para o consumo de vários produtos. Esse reconhecimento projeta ainda mais os nossos produtos. Fico feliz por estar contribuindo com o estado do Pará e com a Amazônia na divulgação dos nossos bens aqui produzidos”, revela.



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