A dura derrota sofrida pelo governo na noite desta segunda-feira (16) na Câmara dos Deputados, com a aprovação por larga margem da urgência para derrubada do aumento do IOF, aumentou no entorno do presidente Lula a dúvida sobre o posicionamento que terá daqui em diante do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Para pessoas do governo que participaram diretamente da negociação com Motta, ele está atuando sob “pressão, influência e tutela” de um trio: seu antecessor no comando da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do PP, Ciro Nogueira, e o ex-deputado Eduardo Cunha (RJ) —que era uma espécie de mentor do atual presidente quando ele chegou à Casa, na década passada.

A desconfiança com relação ao papel de Motta começou a se desenhar na semana passada, quando ele mudou abruptamente de posição sobre as propostas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a líderes partidários como alternativas à alta do IOF.

Primeiro Motta chamou o pacote de histórico para depois criticá-lo, abrindo caminho para a aprovação da urgência da derrubada do decreto do IOF. A derrota acachapante veio com 346 votos, com apoio em massa de partidos que controlam 12 ministérios.

Na avaliação de pessoas ligadas a Lula, Motta tem perfil de diálogo, mas há neste momento uma dúvida se vai conseguir imprimir essa característica à sua gestão na Câmara ou se vai seguir pela linha de confronto, tutelado pelo trio Lira, Ciro e Cunha.


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